De acordo com o Dicionário Houaiss, o verbete “energúmeno”
significa: indivíduo endemoniado, possesso; pessoa desequilibrada, desatinado.
O Dicionário Aurélio, acrescenta um “nh” quando define a mesma palavra como: endemoninhado.
Foi com esse adjetivo que o presidente Jair Bolsonaro definiu o grande educador
e destacado pedagogo brasileiro, Paulo Freire. Ontem, por ocasião da discussão
sobre a renovação ou não do contrato da “TV Escola”, o presidente da República,
alegando que aquele Canal de Televisão, que tem o condão de veicular conteúdos
pedagógicos, funciona sob viés de esquerda defendendo ideologia de gênero,
informou que não permitirá a renovação do contrato, dizendo que aquele veículo
sofre ainda influência do pensamento do falecido educador Paulo Freire que,
segundo o presidente, era um energúmeno.
Comentários desnecessários
É inegável que a gestão de Bolsonaro vem promovendo mudanças
e ações necessárias à recuperação econômica do país. Em que pese as denúncias
de corrupção envolvendo seus filhos, nada ainda pairou sobre ele [Bolsonaro].
Malgrado as declarações contrárias ao funcionamento da democracia, proferidas
pelos filhos do presidente, nada tem abalado as liberdades individuais,
tampouco e Estado Democrático de Direito. Assim sendo, poderia o presidente se
imiscuir de falar tanta besteira. Atacou um dos maiores nomes da educação
mundial, de forma gratuita e com a agravante de que, o atacado, já não pode se
defender: está morto. O presidente, pouco ilustrado, pisa na bola quando
imagina que sua posição lhe permite desmerecer publicamente figuras ilustres,
reconhecidas e festejadas internacionalmente e que muito contribuíram para o
desenvolvimento recente da Nação. Lamentável não haver ninguém que possa dar
conselhos e um freio nesse homem. Esse comportamento presidencial desmerece o
Brasil mundo afora.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 17 de dezembro de 2019).
Nenhum comentário:
Postar um comentário