Ontem, o prefeito de Princesa, Ricardo Pereira do Nascimento,
declarou sua filiação e tomada de comando do Partido Político CIDADANIA. Essa
decisão obedece a um adesismo oportunista às hostes políticas comandadas pelo
atual governador da Paraíba, João Azevedo. A exemplo de Nascimento, mais vinte
prefeitos paraibanos, eleitos pelo PSB do ex-governador Ricardo Coutinho,
migraram também para o Partido comandado nacionalmente pelo deputado Roberto
Freire. Este, ex-comunista tal qual Nascimento, pertencia ao antigo PPS e se
dizia integrante do bloco socialista. Hoje, porém, nesse novo espectro
político, defende o liberalismo econômico e é acusado por alguns filiados de
seguir como “linha auxiliar” do PSDB. Isso, portanto, tem pouquíssima
importância para a politicagem de Princesa. O que conta por aqui é a briga pela
hegemonia que envolve abandonos a antigos gurus e adesões interesseiras.
Infidelidade e mentira
O prefeito de Princesa que hoje se acolita no Partido de
Azevedo, não apoiava a indicação do mesmo para concorrer às urnas do pleito de
2018. Preferia a indicação de Zé Maranhão. Há pouquíssimo tempo, Nascimento
chamava Ricardo Coutinho de “guru” e hoje lhes vira as costas. Será que, em
breve, caso o afastamento de João Azevedo se torne realidade o nosso
burgomestre se aliará àquele que ascender ao trono do Palácio da Redenção?
Nascimento muda de ideologia como quem troca de roupa e mente como se fora a
coisa mais normal do mundo, quando anuncia sua pré-candidatura à reeleição,
mesmo sabendo todos que ele é inelegível por condenação por fraude em
licitação. Mesmo assim afirma que é o candidato do Governo. Será que vale a
pena, nesse momento, ser repositório das bênçãos governamentais? Terão forças
suficientes - aqueles que carregam a pesada cruz -, para chegarem até o topo do
“Monte Calvário”?
Situação em Princesa
O anúncio de sua adesão ao Partido CIDADANIA, foi feito por
Nascimento como se fora uma derrota política para o grupo liderado pelo
vice-prefeito e suplente de deputado estadual, doutor Aledson Moura. É
necessário, portanto, o esclarecimento de alguns pontos. Aledson Moura não
poderia, neste momento, deixar o partido pelo qual foi ungido nas urnas de 2018
como suplente de deputado, até porque, com o desenrolar das denúncias e
investigações da “Operação Calvário”, que envolvem vários deputados estaduais, certamente
lhe sobrará uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba. Tampouco
seu irmão, o vereador doutor Alan Moura, poderia fazer o mesmo, uma vez que, na
qualidade de vereador eleito também pelo PSB, poderia ser vítima de processo
por infidelidade partidária. Em face de tudo isso, não seria de bom alvitre,
para os dois, essa mudança de partido neste momento. Eles explicam que na hora
certa terão uma sigla partidária que viabilizará a disputa nas eleições deste
ano, mesmo porque, não poderiam os dois grupos [Moura e Nascimento], hoje
antagônicos, aninharem-se na mesma agremiação partidária. De acordo com
informações colhidas, Aledson e Alan continuam aliados do governador João
Azevedo e reafirmam a pré-candidatura deste último a prefeito de Princesa nas
eleições deste ano.
(ESCRITO POR DOMINGOS
SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 11 DE FEVEREIRO DE 2020).
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