ODE

terça-feira, 24 de março de 2020

AS MULETAS DO PRESIDENTE




O Brasil é realmente um país diferente. De tudo acontece por aqui. Na política os casos inusitados se exacerbam. Rememoremos a história recente. Em 1919, há mais de cem anos, portanto, foi eleito presidente da República, o senhor Epitácio da Silva Pessoa, um paraibano que foi escolhido pelas urnas com votos à “bico de pena”, quando estava em Paris. Epitácio não fez um comício sequernão apresentou programa de governo, tampouco participou da convenção que o escolheu como candidato a presidente. Caminhando para cá, chegamos a 2018. Nesse ano, foi eleito um presidente que não participou de debates televisivos, não fez comícios no segundo turno da campanha eleitoral, e por conta de uma peixeirada de que foi vítima, passou a maior parte da campanha no leito de um hospital. O povo brasileiro optou por eleger um homem que não conhecia e o resultado é o que vemos agora: um incompetente no leme da Nação acompanhado de uma tripulação familiar que só causa problemas ao Brasil. De sorte que o “mito” acertou em algumas escolhas e nomeou, dentre a maioria de incompetentes tais quais ele, alguns ministros que fazem a diferença: Paulo Guedes, na Economia; Sérgio Moro, na Justiça; Luiz Henrique Mandetta, na Saúde e Walter de Sousa Braga Neto, na chefia da Casa Civil. Estes são as muletas do presidente Bolsonaro, sem eles, podemos ter certeza de que a coisa estaria bem pior. Lamentável que não peçam o chapéu e saiam aqueles considerados incompetentes, arrogantes, discricionários e bajuladores, a exemplo dos ministros da Educação, do Meio Ambiente, das Relações Exteriores, dentre outros incapazes para o exercício de cargos públicos de relevância. Para o “mito”, caminhar é preciso, de muletas e, de preferência, com a boca fechada.


(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 24 DE MARÇO DE 2020).

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