A Pandemia do Coronavírus vem afetando a vida quotidiana das
pessoas em todos os recantos do mundo e mudando o cenário físico de forma tão
abrupta que surpreende a todos. Nos países europeus, a exemplo da Itália, as cidades
desertas, submetidas ao toque de recolher, lembram as cidades europeias durante
a II Guerra Mundial, quando as populações se recolhiam ao toque das sirenes que
anunciavam bombardeios. Agora, a bomba é sutil, recôndita e não há escudo algum
que a impeça de penetrar, a não ser a prevenção. Ainda não inventaram um “antimíssil”
(vacina) para contê-la. Estranho é que, enquanto esse mal mundial avança alguns
governantes, conservadores, mas que se dizem civilizados, a exemplo do
presidente americano e o similar brasileiro, afirmavam, até a poucos dias, que
muito do que a imprensa falava sobre o Coronavírus, era fantasia. Ontem, Trump
surpreendeu o mundo quando, em medida drástica, proibiu todos os voos da Europa
para os EUA e, o nosso Bolsonaro, após a viagem de “beija-mão” feita ao “Tio
Sam”, retornou trazendo na bagagem um secretário contaminado pelo tenebroso
vírus e passou o dia de quarentena no
Palácio da Alvorado, mascarado, despachando com auxiliares mais próximos em
determinação de medidas tardias para conter o surto da doença da qual
tripudiava e agora pode até ser uma de suas vítimas. É a vida ensinando a
viver. É a guerra em tempos de paz.
(ESCRITO POR DOMINGOS
SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 13 DE MARÇO DE 2020).
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