Quem não reside em Princesa e escutou a entrevista
radiofônica do prefeito Ricardo Pereira do Nascimento, no último sábado, deve
ter ficado com a impressão de que nós residimos num paraíso. Aliás, que moramos
num canteiro de obras; que aqui ninguém adoece ou, quando isso acontece a
assistência é perfeita; que as nossas crianças aprendem a ler e a escrever; que
todos os funcionários da prefeitura estão com seus salários em dia, etc. Porém,
a verdade é bem outra. Enquanto Nascimento fala que foram realizados, pelo
Hospital Municipal, 247.000 atendimentos no ano de 2019 (o que perfaz um número
de 391 atendimentos/dia!), o que se vê na realidade são gestantes parindo, de
parto normal, em várias cidades da Paraíba e de Pernambuco, menos em Princesa.
Enquanto o prefeito afirma que a educação de Princesa foi considerada a 14ª
melhor do Estado, se constata que temos alunos, da Rede Municipal de Ensino, que,
estando cursando a 6ª série, não sabem ler nem escrever. Enquanto o “gestor
perfeito” diz que a educação municipal é 1º lugar na tal Fundação Leman, que os
alunos recebem uniformes (no mês de novembro), que tomam iogurte (uma vez por
semana), esses mesmos alunos são transportados, quando não em “paus-de-arara”,
em ônibus superlotados e sem a assistência de monitores (em que pese haver
vários monitores aprovados em concurso recente e não convocados a trabalhar).
Nascimento, que valoriza o que é material em detrimento do humano, acha que, gaiola
bonita dá de comer a canário.
O “Pinóquio” do palácio do Cancão
Enquanto o prefeito, com intuito pejorativo, me cognomina de
“assombroso” e de “nuvem negra”, isso pelo fato de eu ter a coragem de desmascará-lo,
e que eu deveria ser extirpado de Princesa, me estimulo cada vez mais a trazer
à baila suas falhas (que são muitas), para conhecimento de todos. Não sou
“assombroso”, sou desassombrado. A “nuvem negra” é quem traz a chuva. Sei que o
incômodo que causo a Nascimento com as minhas verdades é muito grande e me vejo
credenciado para isso, pois, na minha gestão o povo tinha saúde de qualidade;
educação com respeito; assistência social e os pobres eram tratados com
atenção, respeito e humanismo. Todos os filhos que tenho fui quem fez. A grande
maioria das obras que Nascimento toca (algumas sem concluir, a exemplo da Praça
“Maria de Tia”) fui eu quem conseguiu. O problema é que todo palhaço adora um
picadeiro e, o mentiroso, adora tudo o que é grande. Eis a verdade.
(ESCRITO POR DOMINGOS
SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 03 DE MARÇO DE 2020).
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