O novo Corona vírus
Que na China começou
A província de Wuhan
Ele quase exterminou,
E depois descontrolado
Se espalhou por todo lado
E muita gente matou.
Na Itália se espalhou
Numa brusca disparada,
Por ter uma população
Com a idade avançada,
Os idosos infelizmente
Por lá foram facilmente
A classe mais atacada.
Com a pandemia alastrada
Por outros países mais,
O povo sem se aquietar
Para frente e para trás,
Turistando e contraindo
Foram assim distribuindo
Os seus presentes virais.
Se sabe que ele é capaz
De contaminar em massa,
No espirro, pela tosse
Na saliva que se passa,
E também tem transmissão
Por um aperto de mão
Ou também quando se abraça.
Quem contrair logo passa
A ter nariz escorrendo,
Dor de garganta com tosse
O corpo fica fervendo,
E se ela se agravar
Nos pulmões vai se instalar
Deixando a vítima morrendo.
Quem paz aqui tava tendo
Perdeu-a num só momento,
Quando disse no jornal
O tamanho do tormento,
Que acabava de chegar
E São Paulo sem parar
Mostrou logo seu rebento.
Partiram pro isolamento
Que era pra ser total,
O povo trancafiado
Da sala para o quintal,
E quem mora num AP
É cama, mesa, TV
Novela, filme, jornal.
Tem também o vertical
Onde isola os vulneráveis,
Os idosos nossas jóias
Tão queridos, tão amáveis,
Diabéticos e cardíacos
Asmáticos, hipocondríacos
Os de defesas instáveis.
Os de conjuntura estáveis
Que tiver em reclusão,
Só peço que não condene
Quem não teve outra opção,
E teve que trabalhar
Pra na casa não faltar
A carne, o cuscuz, feijão.
Vai ter muita confusão
Com o povo sucumbido,
Mais até que se o Covid
Tivesse lhe acometido,
Que depois que desfazer
A quarentena vai ter
Bastante doido varrido.
Mas para ser combatido
Deixa a imprensa mostrar,
Que toda vez que a gente
Em qualquer coisa tocar,
Tem que pegar um sabão
Muito bem lavar a mão
Depois álcool em gel passar.
Eu acho até salutar
Faz parte de nosso asseio,
Mas também já tem excesso
Agregado nesse meio,
Mas já que estão dizendo
Que é pra isso ta fazendo
Quem sou eu pra botar freio?
Não tenho nenhum receio
Em falar pegando a mão,
Mas mostraram na TV
Que não pode a saudação,
Que esse gesto antigo traz
Os patogênicos virais
Para a contaminação.
Por isso meu caro irmão
Respeito sem contestar,
A maneira que os demais
Escolheram pra saudar,
Só peço que no sertão
O velho aperto de mão
Depois volte pra ficar.
Não posso também negar
Que esse vírus me afronta,
De pensar nesse bichinho
Fico de cabeça tonta,
Mas ficar trancafiado
Com medo desse danado
Nem como, nem pago conta.
Se meu verso desaponta
Ou está na contramão,
To apenas retratando
Minha mera opinião,
Cada qual que dê seus giros
E que pro Coronavírus
Achem logo a solução.
Poeta cordelista
Rena Bezerra
26/03/20
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