ODE

quinta-feira, 30 de abril de 2020

BOLSONARO: O INSENSÍVEL






Ontem, em meio à grave crise política, econômica e, principalmente, de saúde por que vem passando o País, o presidente da República, questionado sobre qual a sua opinião em face do crescente número de mortes causado pela Pandemia do Coronavírus, respondeu de chofre: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagres.”. É dessa forma que Bolsonaro encara essa tenebrosa situação por que passamos. Enquanto o diligente vice-presidente, Hamilton Mourão, já foi duas vezes a Manaus (capital amazonense onde a COVID-19 grassa sem dó); enquanto o papa Francisco já telefonou para o arcebispo de Manaus, em solidariedade ao sofrimento daquele povo, o “mito” sequer se refere, em suas falas, àquela gravíssima situação. A insensibilidade do presidente é gritante, pois, sequer se imiscui de gerar crises além de crises. Brinca de governar, parecendo um soldadinho de brinquedo quando imagina que pode tudo. De sorte que os demais poderes estão na espreita. O Judiciário desmanchando as bobagens por ele promovidas e, o Legislativo, estranhamente calado, aguardando ou em via de protagonizar os fatos. Se eu tivesse votado nesse maluco que achincalha a Presidência da República, ou fosse dele simpatizante, dar-lhe-ia um conselho: Bolsonaro, bota tua língua na viola. Ou então diria - já que ele acha que a COVID-19 é apenas uma “gripezinha”-, não use máscara, mas sim, mordaça. Cala a boca Bolsonaro!


(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 30 DE ABRIL DE 2020).

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