A agonia foi longa, mas chegou a termo. Hoje, finalmente, o presidente Bolsonaro demitiu o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta. Nas palavras do presidente, foi “um divórcio consensual”, porém, todos sabem que a separação foi por demais litigiosa, o presidente e o ministro já não se entendiam quanto às orientações sobre a prevenção do contágio pelo Coronavírus: enquanto Mandetta mandava o povo ficar em casa, o presidente saía às ruas pegando nas mãos de todo mundo. Com a demissão de Mandetta, o cenário se apresenta obscuro. O novo ministro da saúde será um médico oncologista, carioca de nascimento,chamado Nelson Teich. Em seu pronunciamento sobre a demissão do ministro, Bolsonaro disse: “Os excessos não levam à solução do problema”. O problema maior agora é saber como se comportará o novo ministro e se o presidente o deixará trabalhar. Quanto a Bolsonaro resta se articular para sair do isolamento político em que se encontra, pois, mesmo trocando de ministros, não conta com os apoios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, dos governadores - e, o pior -, tampouco do povo. Todos esses segmentos defendem o isolamento social e condenam o uso indiscriminado da cloroquina como remédio para a cura da COVID-19. A novela apenas começou.
(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 16 DE ABRIL DE 2020).
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