ODE

quarta-feira, 13 de maio de 2020

A TRAGÉDIA DA COVID-19






Vez por outra a humanidade se depara com uma tragédia global. Antigamente eram as guerras que, atendendo principalmente aos desejos expansionistas de algumaspotências econômicas, começavam de forma isolada e de repente se tornavam mundiais. Dois desses conflitos, acontecidos no Século XX (I e II Guerras Mundiais), promoveram a maior catástrofe bélica da história moderna, porém, tiveram o condão de conscientizar as nações de que não valeria a pena a repetição daqueles eventos. Além das guerras, outras tragédias atingiram a humanidade, também de forma planetária que foram as pandemias de febre amarela, peste negra, gripe espanhola, dentre outras. Pensava a humanidade, que estaríamos nesses tempos modernos, livres dessas duas agruras. Armas nucleares das quais têm posse muitos dos países ditos “potências bélicas”- o que intimida uns de atacar os outros -, frearam o acontecimento de novas guerras mundiais. O avanço tecnológico da ciência, porém, não nos deu a garantia de que jamais a humanidade se viria exposta a uma pandemia que pararia o mundo. Como que para mostrar que mesmo na era da tecnologia digital, ainda somos vulneráveis ao ponto de um simples vírus transformar a vida das pessoas e prejudicar o desenvolvimento econômico de quase todas as nações do mundo, estamos agora, impotentes, à mercê de uma doença que não tem cura, tampouco como nos preservar dela.

Consequências terríveis

A tragédia da COVID-19 nos coloca em situação de reflexão sobre o que ainda está por vir. Quando sairmos desta, jamais seremos os mesmos. Primeiro pelo medo de sabermos da nossa vulnerabilidade. Segundo pelo fato de que seremos muito penalizados quando haveremos de ter de contribuir com a reconstrução das nossas economias. Serão tempos diferentes e difíceis e com conceitos outros. Além disso, restam as sequelas: perdas de vidas, traumas, depressões, prejuízos financeiros, incertezas, etc. No campo da economia, com muito esforço, tudo poderá voltar ao que era ou até melhorar, pois, a história demonstra que, muitas vezes, as tragédias funcionam como freios de arrumação. No campo da vida, não há conserto, pois, mortos não ressuscitam. Numa leitura concomitante do que vemos acontecer agora, devemos tomar como lição também os fatos decorrentes da pandemia que têm mostrado a cara de alguns, a exemplo de políticos insensíveis, como é o caso do nosso presidente Jair Bolsonaro. Prefeitos e governadores corruptos, que estão usando o dinheiro destinado ao combate à doença para se locupletarem enchendo suas burras com o que é público em detrimento de vidas humanas. Prefeitos de cidades pequenas, irresponsáveis como o nosso burgomestre Ricardo Pereira do Nascimento que, ao invés de equipar um hospital já existente para tratar das vítimas da doença, atendendo a um sonho pessoal, preferiureformá-lo; reforma tal que somente estará pronta quando estiver finda a Pandemia que assola a todos. São quadros que denunciam claramente a falta de compromisso daqueles que detêm o poder e que, ao invés de agirem em prol do povo, aproveitam a oportunidade macabra para exercerem atividades escusas. Tomara que a tragédia da COVID-19 nos deixe lições que sirvam para entendermos sobre a nossa vulnerabilidade e sobre o comportamento daqueles a quem deveremos escolher para comandar o nosso futuro.


(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 13 DE MAIO DE 2020).

Nenhum comentário:

Postar um comentário