ODE

sábado, 11 de julho de 2020

PRINCESENSES PERNAMBUCANOS




Enquanto a Prefeitura Municipal de Princesa usa o dinheiro, vindo para combater a Pandemia do Coronavírus, para executar uma obra desnecessária no Hospital Regional, com o dispêndio de quase meio milhão de reais, as nossas crianças não podem mais nascer em Princesa porque, o mesmo Hospital, que está recebendo essa mega reforma, não tem médicos nem condições de realizar um parto normal. Na última quinta-feira, uma família princesense procurou aquele nosocômio para assistir a um parto normal a termo e, após várias alegações, a direção do Hospital Regional encaminhou a paciente para parir em outro lugar, por completa impossibilidade de realização do procedimento naquele estabelecimento de saúde. Com isso, a mulher dirigiu-se para a cidade pernambucana de Afogados da Ingazeira, aonde deu à luz uma criança de parto normal. Isso se constitui um verdadeiro absurdo, pois, enquanto o prefeito de Princesa alardeia aos quatro ventos que a saúde do município vai de vento em polpa, nossas crianças têm de nascer no estado de Pernambuco. A coisa se faz mais grave ainda, quando se sabe que, somente neste ano de 2020, mais de 10 milhões de reais entraram nos cofres da Secretaria Municipal e Saúde. Acredito, portanto, que o povo de Princesa não se deixará enganar diante dasmentiras e de tanto descaso com a saúde dos que mais necessitam, pois, enquanto quem tem condições financeiras de sair para parir em outras cidades, muitas das mulheres mais pobres, ficam à mercê da morte por falta de assistência.

DSMR, EM 11 DE JULHO DE 2020.

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