ODE

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

EXERCENDO O PAPEL DE GUARDIÃO DE NASCIMENTO, O DIRETOR DO HOSPITAL REGIONAL SE EXPÕE DEFENDENDO O INDEFENSÁVEL

 


No Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella está sendo investigado por insuflar servidores públicos a defenderem seus desmantelos administrativos, e impedirem denúncias sobre as ineficiências dos serviços públicos. São os chamados “Guardiões do Crivella”. Em Princesa, a defesa não se faz plural, mas solteira, na voz do diretor clínico do Hospital Regional. Hoje à tarde, depois de mais uma denúncia sobre o descalabro do serviço de saúde praticado no Hospital Regional, o chefe daquele nosocômio, doutor Wagner - a serviço do prefeito Nascimento -, divulgou um áudio justificando o descaso, a incompetência e a falta de resolutividade dos procedimentos praticados naquela Casa de Saúde. Ontem, mais uma gestante – dentre dezenas delas -, foi encaminhada para parir, normalmente, na cidade de Patos. 

Na verdade, isso não é novidade. Novidade mesmo, se constitui a defesa do diretor. Desde a municipalização daquele hospital, temos notícias de mulheres sendo encaminhadas para terem filhos - de parto normal -, em outras cidades, tais como: Patos, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, etc. Estranho que somente agora, o doutor Wagner, “Guardião do Nascimento”, venha a público defender o indefensável. É claro que isso tem uma justificativa plausível: a proximidade das eleições. O que se faz mais grave, é a censura do diretor sobre a denúncia feita pelo doutor Aledson Moura, como se fora proibido criticar essa grave e crônica deficiência do hospital que dirige. Quem, em sã consciência, pode dizer que o Hospital Deputado José Pereira Lima, funciona a contento da população? Ninguém pode afirmar isso, salvo os áulicos que vivem ajoelhados à vontade do prefeito em detrimento dos que procuram aquele serviço de saúde.

O “Guardião do Nascimento”, se disse preocupado com a “viralização” da denúncia, o que, em suas palavras: “(...)de forma negativa, poderia atrapalhar toda a população,acrescentando que ali funcionam servidores competentes, tais como os da limpeza, da portaria, da cozinha, etc. Nisso, o diretor não faltou com a verdade. Enganou-se quando mentiu, tentando enganar ao povo, dizendo ser aquele um serviço de excelente qualidade, onde se presta o melhor trabalho, a melhor assistência. É possível entender tal comportamento, quando sabemos que o médico em tela tem a obrigação de assim proceder para garantir sua posição. Porém, o bom senso aconselha ao mesmo doutor que se restrinja apenas a defender esse caso especificamente, pois, se for justificar os similares do passado e os que hão de vir, não terá tempo sequer de comandar a Rodoviária Regional. Atendimento e encaminhamento não são suficientes, o que o povo necessita é de resolutividade.



 

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