ODE

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

MULHERES QUE FIZERAM A DIFERENÇA

 


MARIA AURORA DINIZ

Nasceu na Villa de Princêza, às 17 horas do dia 27 de dezembro de 1914. Era a filha mais velha do rico comerciante e agricultor, Nominando Muniz Diniz, mais conhecido como “Seu Mano” e de dona Aurora Sérgio Diniz. Viveu toda sua vida em Princesa, onde logo cedo fez os estudos primários, na Escola do professor Adriano Feitosa Cavalcanti, completados no Grupo Escolar “Gama e Melo”. Diferente de seus irmãos (José, Antônio, Fernando, Inês e Maria do Socorro), cursou somente o ensino fundamental. Na verdade, Maria Aurora, que era carinhosamente chamada de “Tita” pelos familiares e amigos mais íntimos, constituiu-se como se fora um filho varão do proprietário de terras e futuro político, Nominando Diniz. A filha mais velha de “Seu Mano”, que morreu solteira, teve apenas um namorado, chamado Agnelo França Diniz. Este, que era seu primo e também secretário particular de seu pai, mesmo assim não caiu nas graças de Nominando, que não via com simpatia aquele relacionamento. Em que pese, o pai, não anuir com o namoro, Maria Aurora o manteve até que uma fatalidade a separou de seu grande amor. Agnelo contraiu um mal reumático grave e morreu precocemente, aos 32 anos de idade, em 17 de fevereiro de 1943.

A líder política

Depois dessa desilusão amorosa, “Tita”, que contava com 29 anos de idade, resolveu manter-se solteira para sempre. Passou então a dedicar-se à administração da chamada “Casa Grande” e a inteirar-se dos negócios do pai e das coisas da política. Com o tempo, especializou-se na arte de fazer a política dos bastidores e tornou-se importante auxiliar, tanto do pai, quanto do irmão, Antônio Nominando Diniz, nas articulações políticas. Nunca se candidatou a cargo eletivo algum, porém, sempre teve efetiva participação nas escolhas dos candidatos. Com a morte do pai, em 1974, tornou-se, efetivamente, a chefe do partido em Princesa. Seu irmão e deputado estadual, Antônio Nominando Diniz, cuidava da política em João Pessoa e ela, resolvia as coisas no município. Em 1976, foi responsável pela indicação da candidatura de Sebastião Feliciano dos Santos (Batinho), a prefeito de Princesa. Neste caso, desagradou a muitos, mas, impôs sua vontade e promoveu a vitória de seu apadrinhado. Com a morte de “Seu Mano”, Maria Aurora, tomou as rédeas também dos negócios da família. Tinha tanto poder junto aos demais irmãos, que o inventário dos pais falecidos, somente foi feito após a sua morte. Muito religiosa, frequentava assiduamente os ofícios da Igreja católica. Caridosa, praticava aquela máxima que diz: ”Dê com a mão direita, sem que a esquerda veja”. Em casa, praticava com presteza a sua generosidade em benefício dos menos favorecidos.

O fim

Já com quase 80 anos de idade, foi acometida do mal de Alzheimer, cessando suas atividades quando se evidenciaram os sintomas da doença. Completamente senil faleceu, a matriarca da ´política princesense, aos 87 anos de idade, em 02 de junho de 2002 e foi sepultada no Cemitério de Princesa. Hoje, em sua homenagem, existem, uma Praça (com seu busto) e uma das ruas de Princesa, levando o seu nome. Homenagem por demais merecida àquela que desempenhou importante papel na condução dos destinos de Princesa.

DSMR, EM 10 DE SETEMBRO DE 2020.

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