ODE

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

ANTOLOGIA DOS PREFEITOS DE PRINCESA

 



PREFEITOS NOMEADOS

Com o golpe que instituiu o Estado Novo, em 10 de novembro de 1937, abolindo a democracia no Brasil, houve quebra da institucionalidade. Os prefeitos e vereadores foram destituídos de seus cargos, foram proibidas as eleições e os prefeitos dos municípios passaram - a partir de 09 de dezembro de 1937 -, a ser escolhidos pelos chefes políticos locais e nomeados pelos Interventores dos Estados que, por sua vez, eram nomeados pelo Presidente da República. Em Princesa, os prefeitos, entre o período de 1937 até 1940 - nomeados pelo Interventor Argemiro de Figueirêdo, sob a indicação do coronel José Pereira -, foram os seguintes: Francisco Lima Pacheco (09/12/1937 a 14/01/1938); José Pereira Cardoso (14/01/1938 a 01/04/1938); Manoel Carlos de Andrade Lima (Prefeito Interino de 01/04 a 16/06/1938) e José Pereira Cardoso, que reassumiu o cargo (16/06/1938 a 18/09/1940). Entre o período de 1940 a 1947 – nomeados pelo interventor Ruy Carneiro -, os prefeitos de Princesa foram os seguintes: doutor Armando Caminha de Barros que governou o município entre o período de 18/09/1940 a 14/01/1945. Entre o período de 14/01/1945 a 01/03/1946, governou no município o senhor Ademar William de Meneses Caldas e, terminando o ciclo de prefeitos nomeados, sob a indicação do coronel Zé Pereira, foi reconduzido ao cargo de prefeito, o senhor Manuel Florentino de Medeiros, que assumiu as rédeas do poder municipal de 01/03/1946 até 15/03/1947. Com a vitória eleitoral de Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Mello para o governo do Estado, foi dado ao ex-prefeito e chefe político, Nominando Muniz Diniz, o direito de indicar, em Princesa, os nomes para ocupar os vários cargos em comissão, como também o de Prefeito do município. Por conseguinte, em 15 de março de 1947, foi nomeado, pelo Governador do Estado, o senhor Benedito Florentino Lima, para governar Princesa, o que fez até 15 de novembro de 1947.

Principais realizações

Foi na administração do doutor José Pereira Cardoso que foi construído o prédio onde funciona hoje a Prefeitura Municipal; foi também nesse período que aconteceu a aquisição de um novo motor para a geração de energia elétrica para iluminar a cidade. Esse motor gerador era operado pelo prático Expedito Leandro de Carvalho, mais conhecido como “Tozinho”. No governo de doutor Caminha, o feito mais interessante foi a determinação da obrigatoriedade da construção de “parapeitos” em todas as casas do centro da cidade. Mesmo aqueles proprietários que não possuíam meios para a edificação do frontispício de seu prédio residencial, tinham de erigi-los, pois, a Prefeitura os auxiliava na construção. Feito importante, pois, ficaram as casas das ruas: “Grande”; “Nova”, “São Roque”, “Da Lagoa” e “Da Avenida” – como eram chamadas antigamente – apresentáveis e belas, privadas da exibição de seus velhos telhados. Durante esse período de ausência democrática e prefeitos nomeados, aconteceu um fato que marcou profundamente a vida do município. Foi na administração do prefeito Manoel Carlos de Andrade Lima (01/04/ a 16/06/1938), que de forma arbitrária, despótica e unilateral, sem consulta popular, através do Decreto nº 1.044 de 13 de maio de 1938, expedido pelo Governo do Estado, passou o município de Princesa a ter acrescentado ao seu nome original, a expressão “Isabel”. Deixou de ser chamada, a cidade, de “Princêza” para denominar-se “Princêza Izabel”.

DSMR, EM 22 DE OUTUBRO DE 2020.

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