O “Baile da Ilha Fiscal” foi a última festa da Monarquia
Brasileira. Ocorreu em 09 de novembro de 1889, portanto, seis dias antes da
Proclamação da República do Brasil. Naquela ocasião, nada denotava que o
Império Brasileiro estava nos estertores da morte. Evento acontecido ontem em
Princesa, fez lembrar o crepúsculo da realeza brasileira.
A inauguração da chamada “Praça de Maria de Tia”, ontem à
tarde, reuniu pífia meia-dúzia de quatro ou cinco servidores municipais que,
designados pelo prefeito Nascimento, ali compareceram para cortar a fita da
obra mais encruada que a cidade já viu. Aquela praça, contida também de uma
Academia da Saúde, foi conseguida na administração do prefeito Dominguinhos
(que deixou parte dos recursos necessários já consignados em conta bancária), e
que, depois de longos três anos e nove meses, somente agora foi inaugurada, sem
nenhuma empolgação, seja por parte dos circunstantes, tampouco por parte dos
moradores do entorno, que ignoraram solenemente o evento.
É claro que a entrega desse logradouro público não deixa de
ser um evento importante para a cidade. O fato é que, a população, ressabiada
com o retardo inexplicável da obra, com as mentiras e as falcatruas que vêm
sendo praticadas pelo senhor Ricardo Pereira do Nascimento – reputado com o
prefeito campeão de imputações de corrupção em toda a história da
municipalidade -, não teve estímulo para comemorar a tal inauguração. Igual ao
“Baile da Ilha Fiscal”, o evento inaugurativo deleitou apenas os poucos áulicos
que compareceram, denotando que o barco está fazendo água. Como é do saber de
todos, quando o navio começa a afundar, os ratos são os primeiros que saem. Faz
sentido, portanto, o fato de os graduados gabirus não se haverem feito
presentes. 15 de novembro vem aí.
DSMR, EM 30 DE SETEMBRO DE 2020.
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