Abertas as urnas chega a hora das análises. O pleito do
último dia 15 foi inusitado por várias razões: pandemia, adiamento, campanha
restrita, três candidaturas competitivas, dentre outras peculiaridades. Nas eleições
deste ano as urnas traçaram um novo mapa político no nosso município. Deu a
lógica quando foi eleito aquele detentor de quase todos os poderes no município
e que dispendeu soma fabulosa de recursos financeiros para vencer e derrotar
adversários a ele inconvenientes. Em que pese a vitória de Nascimento, não foi
ele o grande vitorioso. Somados os votos da oposição, a maioria do reeleito foi
menor do que a obtida há quatro anos atrás. Ademais, a vitória se faz de pirro,
pois, além de estar sendo questionada na justiça, durante o próximo quatriênio,
Nascimento será brindado com a consequência dos vários processos a que
responde, pelas falcatruas cometidas ao longo do primeiro mandato. Mesmo com a
fama de safar-se de tudo, o dia dele chegará porque seus crimes são de grande
magnitude.
O grande vitorioso
Na verdade, as urnas definiram a estatura política dos três
grupos que concorreram no último pleito. A força hegemônica, é claro, pertence
ao vencedor das eleições. Aos dois outros candidatos concorrentes, coube,
respectivamente, a representação da segunda e da terceira força política. Ao
meu ver, o mais prejudicado foi o grupo comandado pelo ex-prefeito José Sidney
Oliveira que, graças à quase centenária tradição política esteve sempre no topo
ou em segundo lugar e agora, despencou para a terceira posição. O segundo
colocado, Alan Moura, foi sem dúvida o grande vitorioso, pois, sem tradição
política no município e enfrentando violenta oposição dos dois outros
concorrentes, deu mostras de força eleitoral, fazendo ver que essa performance
é apenas o início do surgimento de um novo grupo político em Princesa,
independente das tradições até hoje arraigadas no plano político do município.
Apenas para reflexão: será que a vitória de pirro poderá trazer dores de cabeça?
DSMR, em 21 de novembro de 2020.
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