ODE

sábado, 20 de março de 2021

BOLSONARO USA A PANDEMIA PARA POR EM PRÁTICA SEUS PLANOS ANTIDEMOCRÁTICOS

 



Somos, hoje, manchete em todos os jornais do mundo. O Brasil é o recordista mundial em mortes por Covid-19 e é o epicentro global da Pandemia que assola o Planeta. Enquanto o caos se estabelece na saúde nacional, o presidente da República, em sua irresponsabilidade insana, corre por fora, brincando de governar. Para os devotos do “mito”, pode parecer implicância de quem não votou nem votaria jamais nele. Mas, não, os fatos nos trazem a uma dura e perigosa realidade.

Os governadores de três entes federados – Bahia, Distrito Federal e Rio Grande do Sul - , diante da iminência de colapso total na saúde por conta da falta de leitos de UTI para tratar pacientes vítimas da Covid-19, decretaram restrições no funcionamento do comércio, da indústria e dos serviços, além do toque de recolher. Medida necessária, não para debelar a doença que grassa sem pena, mas, para dar um freio na onda de contágio, enquanto instalam mais hospitais para atender aos doentes.

Que fez o presidente Bolsonaro? Ontem, entrou com uma ação no STF – Supremo Tribunal Federal solicitando a suspensão da medida por inconstitucional. Questionado quanto à essa atitude, o presidente ameaçou com a possibilidade de tomar “medidas mais drásticas”, insinuando, inclusive, a decretação do Estado de Sítio. Isso suscitou a reação de diversas autoridades da República. O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, disse: “É hora de o governo assumir suas responsabilidades nessa hora grave”. O presidente do STF, ministro Luiz Fux, telefonou a Bolsonaro perguntando – em tom de admoestação -, se o presidente intencionava mesmo sitiar o país.

O momento que atravessamos é verdadeiramente grave, gravíssimo. Agrava-se mais ainda quando o chefe da Nação insiste no confronto em detrimento da união em prol do combate à doença. Se ridiculariza em falta de respeito aos mortos, quando encena uma pessoa com falta de ar. Particulariza sua arrogância quando se refere a uma célula das Forças Armadas como “meu Exército”. Arenga com os governadores e despreza todo e qualquer parecer dos especialistas em saúde. Aonde vamos parar com esse maluco no comando do Brasil? Nos EUA a troca se fez, pelas urnas, em tempo hábil. Aqui no Brasil, ainda teremos de aturar esse irresponsável, no trono, por quase dois anos. Quantas mais pessoas terão de morrer para que entendamos que esse sujeito não tem condições de conduzir os nossos destinos?

DSMR, em 20 de março de 2021.

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