Pelo vigésimo dia seguido o Brasil se apresenta ao mundo como
recordista no número de casos positivos e de mortes pela Covid-19. O
recrudescimento da doença nos traz um momento sombrio e de incertezas. O
sistema de saúde, tanto o particular quanto o público, estão em colapso de
vagas nas UTI’s, faltam remédiose insumos, carece de recursos humanos, etc. A
vacina nos chega em conta-gotas. Enquanto isso, as autoridades não tomam as providências
necessárias. Não falo somente do presidente Bolsonaro. A irresponsabilidade
deste, quando nega e banaliza a doença, já é uma praxe. Resta-nos agora, que
governadores e prefeitos, ponham em prática a autorização dada pelo STF –
Supremo Tribunal Federal, para que adquiram vacinas, o único recurso capaz de
estancar tantas mortes por essa terrível doença.
Ontem, os comerciantes de Princesa divulgaram uma carta
aberta ao senhor prefeito, num apelo desesperado contido até de desobediência
civil quando afirmam que não acatarão mais, decretos ou ordens de fechamento de
suas lojas e serviços. Na carta, os comerciantes pedem transparência na
vacinação e no uso das verbas destinadas ao combate à Covid-19, exigem diálogo
e honestidade. Esse segmento, que até recentemente era um bastião defensor de
Nascimento, bota agora a boca no trombone questionando a transparência e a
honestidade do prefeito. A verdade, é que a sociedade não aguenta mais ver os
agentes públicos no conforto de suas mordomias, enquanto as pessoas morrem e
eles [os comerciantes] se veem impedidos de trabalhar.
É claro, que o isolamento social e as restrições para evitar
aglomerações são necessários nesse momento gravíssimo. Porém, salta aos olhos de todos agora que, junto a isso, deveriam, as autoridades,
tomar as providências necessárias para combater a doença. Inicialmente se
justificavam os cuidados apenas com a prevenção. Agora não! A doença avança sem
controle e, diante da irresponsabilidade do governo federal, resta aos entes
estaduais e municipais cuidarem de seus Estados e Municípios. Agora, entrou em
vigor a lei do “salve-se quem puder”. A solidariedade com os comerciantes,
mesmo diante da ameaça de desobediência civil, se faz necessária no sentido de
sensibilizar o prefeito para que não cheguemos a uma situação de desespero
total.
DSMR, em 19 de março de 2021.
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