De todo jeito eles passam a perna no povo. Quando da última
reforma eleitoral, os deputados e senadores proibiram o financiamento de
campanhas eleitorais com dinheiro da iniciativa privada e criaram o Fundo Partidário,
mais conhecido como “fundão”. Ou seja, dinheiro público para financiar as
campanhas eleitorais.
Gostaram da farra, e agora, insatisfeitos com os 2 bilhões de
reais destinados para esse tal financiamento, acabam de consignar na LDO – Lei
de Diretrizes Orçamentárias, um aumento de quase 200%. O “fundão” turbinado
passará a ser de 5,8 bilhões de reais. Isso mesmo, um valor equivalente ao
orçamento da maioria dos ministérios federais.
Não bastasse esse descaramento, manobraram da seguinte forma:
deputados e senadores votaram pelo estratosférico aumento e, o presidente da
República já anunciou que vai vetar essa lei. Só que reside aí uma artimanha. O
presidente veta e os congressistas derrubam o veto presidencial que será votado
juntamente com outros projetos que camuflarão o “fundão”.
A prova da falcatrua é tanta, que até os dois filhos do
presidente Bolsonaro, Eduardo e Flávio, deputado federal e senador,
respectivamente, votaram a favor do mesmo “fundão” que o papai vai vetar. O mais
grave é que essa dinheirama é administrada pelos presidentes dos vários
partidos políticos e serve, principalmente, pata financiar as campanhas dos que
já são deputados e senadores. É, portanto, uma farra combinada de cima a baixo,
enquanto um monte de brasileiros desempregados passa fome. Mesmo assim, a
hipocrisia persiste quando não impede a mistura do dinheiro privado com o
público no financiamento de campanhas operando em caixa 2.
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