De seu “cercadinho”, o presidente Bolsonaro vê o cerco se
fechando. Acuado com as pressões, de todos os lados, para que se pronuncie
sobre a fedentina que exala do Ministério da Saúde, o chefe da Nação
contra-ataca com insultos contidos de palavras chulas e declarações
antidemocráticas.
Na última sexta-feira, disparou que estava “cagando para a
CPI”. No sábado, afirmou que, se não for aprovado, pelo Congresso Nacional, a
PEC que determina a impressão do voto dado na urna eletrônica, não haverá
eleições no próximo ano. Esta última declaração provocou protesto de todos os
demais poderes da República em defesa da democracia.
O problema é que o “mito”, mesmo em contínua promoção de
motociatas semanais, não aceita que sua popularidade está descendo ladeira
abaixo e que não inspira mais confiança na maioria daqueles que o elegeram. Os
números são muito desfavoráveis ao presidente: 54% concordam com seu
impeachment; a carne subiu 38% e os combustíveis 44%, e
55% da população não confia na palavra de Bolsonaro. Acho que é por isso que
ele não quer responder à carta da CPI.
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