Tudo faz crer que as cascas de bananas já estão sendo
jogadas. Na última sexta-feira o site noticioso,
“Polêmica Paraíba”, veiculou artigo virando de ponta-cabeça a política
paraibana. O próprio redator, Rui Galdino, afirmou que “os bastidores da
política da Paraíba estão pegando fogo e que ninguém confia mais em ninguém”.
Pelo visto, a tônica é reunir toda a oposição para um enfrentamento à chapa
oficial encabeçada pelo atual governador João Azevedo.
Nas entrelinhas, porém, fica no ar algumas indagações. A
“Super chapa”, articulada pelo ex-governador Cássio Cunha Lima com as bênçãos
do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, teria a seguinte formação:
Veneziano, governador; Lucélio Cartaxo, vice-governador e Cássio, senador. Essa
formação teria o apoio dos ex-prefeitos de João Pessoa e de Campina Grande,
Luciano Cartaxo e Romero Rodrigues, respectivamente, que seriam candidatos a
deputados federais.
Nessa composição, detectam-se algumas esquisitices. Primeiro,
a inusitada união dos arquirrivais Cássio e Veneziano. Segundo, por que Romero
Rodrigues cederia a candidatura a governador a Veneziano se o primeiro “pontua
tão bem” nas pesquisas eleitorais? Terceiro, por que Nilvan Ferreira –
liderança crescente na capital -, não está sendo contemplado, sequer citado
nesse conchavo? Na verdade, se não há casca de banana, tem boi na linha.
Senão, vejamos: Veneziano, que é senador, tem ainda mais
cinco anos de mandato e, em caso de derrota eleitoral, prejuízo algum colherá;
Lucélio Cartaxo, inexpressivo eleitoralmente, sempre foi o estepe do irmão;
Cássio Cunha Lima, numa chapa dessa, só teria a lucrar, pois brilharia sozinho
como estrela de primeiríssima grandeza. Já Romero Rodrigues e Luciano Cartaxo
demonstram claramente que preferem postular uma vaga na Câmara Federal – o que
é mais seguro -, do que arriscar candidaturas em chapas majoritárias. Pelo
visto, a situação não se apresenta ruim para João Azevedo.
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