Na democracia é facultado a todos, o direito para o exercício
da livre manifestação, desde que guardado o respeito às instituições. Atos
acontecidos no último domingo por várias capitais do país, desobedeceram a essa
regra constitucional. Manifestantes simpáticos ao presidente da República, à
guisa de reivindicar a aprovação da PEC que institui o voto impresso ou
auditável, tomaram as ruas desvirtuando o propósito da manifestação. Enquanto
alguns pediam aos congressistas que aprovassem a emenda em questão, muitos
ostentavam faixas pedindo a dissolução do STF - Supremo Tribunal Federal.
É verdade que essas manifestações reverberam, como um eco, as
posições defendidas pelo próprio presidente da República. Posições atentatórias
ao Estado Democrático de Direito: “Se não
for aprovado o voto impresso, não haverá eleições”, frase proferida e
repetida pelo presidente Bolsonaro. Em protesto a essa esdrúxula situação o
presidente do STF, ministro Luiz Fux, fez um pronunciamento em que afirmou: “Na democracia não devem ser admitidos atos
que exorbitem contra o respeito às instituições (...) não há caminho fora da
democracia”. Fugindo de seu juramento de posse, em que prometeu defender a
Constituição, Bolsonaro denota irresponsabilidade quando estimula atos dessa
natureza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário