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terça-feira, 31 de agosto de 2021

Sociedade brasileira começa a se posicionar em defesa da democracia

Primeiro foram os governadores dos Estados brasileiros que, em sua maioria, se manifestaram em defesa da normalidade democrática contra os entreveros retóricos entre os poderes da República, promovidos por iniciativa do presidente Jair Messias Bolsonaro. Agora, os setores produtivo, financeiro e do agronegócio, também se declaram em defesa do Estado Democrático de Direito.

Em face das convocações, feitas pelo presidente da República e por seus simpatizantes para que o povo se manifeste, no próximo dia 7 de setembro, em favor de bandeiras antidemocráticas, numa demonstração de reação responsável e legítima, alguns dos mais importantes segmentos da sociedade civil, já se manifestam em defesa da ordem democrática, contra o retrocesso político.

Representantes do agronegócio brasileiro, divulgaram uma nota conjunta em que defendem a harmonia entre os poderes e a manutenção da democracia num ambiente favorável ao trabalho e ao desenvolvimento do país. O mesmo foi feito pelo setor produtivo (indústria e serviços) e pelo setor financeiro (bancos), o que não foi ainda divulgado graças à intervenção do Palácio do Planalto, em retaliação ao manifesto, quando ameaçou a retirada do Banco do Brasil e Caixa Econômica da Febraban.

Até os Estados Unidos da América, através do Conselheiro de Segurança Nacional daquele país, Jake Sullivan, se declararam contrários a qualquer movimento antidemocrático no Brasil: ”A gestão de Biden defende um hemisfério seguro e democrático”, disse Sullivan, acrescentando que os EUA não acreditam que as Forças Armadas Brasileiras se aventurem numa tentativa de ruptura da institucionalidade, o que seria devastador para as relações Brasil/EUA.

Completando a enxurrada de admoestações contra qualquer tentativa de ruptura democrática, o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, disse que, planejamento de golpe ou ataque aos outros poderes, se constitui “crime inafiançável e imprescritível” e que “o preço a pagar pode ser alto”. Segundo o ministro, o que o Brasil precisa, nesse momento de crise política, econômica e sanitária, é de harmonia, diálogo e respeito à Constituição.




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