Secretário de Infraestrutura de Princesa diz que a denúncia do MP é inverídica

Em defesa da inimputabilidade do prefeito, se mobilizam, quase todos os seus auxiliares para desmerecerem a decisão do juiz Fernando Porto. Ontem (16/09), o secretário de infraestrutura, Givaldo Morais, fez um vídeo para informar sobre a inocência do prefeito Ricardo Pereira do Nascimento, afirmando que este não cometeu nenhum ilícito e que a determinação do bloqueio de R$=297 mil em bens do gestor municipal, da secretária de saúde e do dono da empresa EBF, não tem nenhum fundamento. Ou seja, o juiz está errado.

A insistência dos acusados em afirmar que o juiz agiu de forma errada soa ridículo. Alegam que o juiz não poderia ter determinado o bloqueio porque o Tribunal de Contas do Estado já os havia inocentado. Ora vejam, o TCE é um órgão auxiliar dos poderes legislativos e suas decisões não se sobrepõem às da Justiça. Se o juiz da 11ª Vara Federal determinou o bloqueio, atendendo denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, é porque algum fundamento existe. Nenhum juiz toma medida dessa natureza sem embasamento legal ou materialidade de indícios de crimes.

Em sua fala, o secretário Morais aproveitou para informar que está cursando Ciências Jurídicas para, formado advogado, agir contra os desmandos do Ministério Público e coibir esse órgão de apresentar denúncias inverídicas. Pobre Ministério Público que, na mira desse promissor advogado, deverá ser duramente fiscalizado e quiçá desmerecido pelas futuras ações promovidas pelo senhor Givaldo Morais. Na volta desses honestos e inimputáveis agentes políticos, o rabo é quem abana o cachorro.

O problema é que eles estão acostumados a ganhar na Justiça (de forma esquisita) todas as ações contra eles impetradas e, agora, diante dessa realidade crua, que reverberou por todo o estado da Paraíba, estrebucham em busca de uma saída honrosa para justificar o discurso amarelo de honestidade. Já não era sem tempo chegar o dia em que a justiça fosse feita. São muitas as falcatruas que ainda virão à tona. Tomara que elas cheguem antes que o douto universitário consiga seu diploma de advogado.