Os efeitos das denúncias e do bloqueio dos bens do prefeito
Ricardo Pereira do Nascimento já se fazem sentir. No último dia 28 de outubro,
finalmente chegaram testes rápidos antígeno - mais conhecidos como SWAB -, no
Hospital Regional. Enquanto desde o início da pandemia de covid-19, todos os
municípios que compõem a região da Serra do Teixeira já testavam pessoas,
somente Princesa não dispunha desses testes gratuitamente, quando os suspeitos
de infecção tinham de recorrer a laboratórios particulares.
Estranhamente, somente agora, depois das denúncias pela
compra de testes rápidos em loja que vende materiais de construção, a
prefeitura de Princesa adquiriu, de forma extemporânea, os testes SWAB, quando
praticamente não se precisa mais. É claro que isso não se constitui nenhuma
surpresa, uma vez sabermos todos, que os cuidados com a saúde em Princesa são
relegados a um segundo plano. Mesmo assim, com a Justiça em sua cupira,
Nascimento tomou jeito e adquiriu esses testes.
De bom alvitre seria que a mesma providência fosse tomada com
outras situações da saúde, a exemplo do que ocorre com os moradores do entorno
do povoado de Cachoeira de Minas, onde o Posto de Saúde não tem remédios e nem
água para saciar a sede dos pacientes. Moradores das comunidades de Balanças e
Entremontes, transportados através de motocicletas, nesse sol escaldante,
procuraram, semana passada, atendimento odontológico e não encontraram porque a
“máquina” está quebrada.
Somente para resgatar a verdade e desmascarar as mentiras do
prefeito Nascimento: em passado recente, as cirurgias de catarata eram
realizadas no Hospital São Vicente de Paulo e, hoje, são feitas na cidade de Taperoá.
Durante a campanha do “Outubro Rosa”, uma paciente procurou o serviço municipal
de saúde para fazer uma mamografia e foi informada que só teria vaga daqui há
um ano! Pior, os que fazem esse tipo de exame, têm de tirar fotografias. É essa
a realidade da nossa saúde. E o prefeito? Viajando de avião para cuidar das
muitas denúncias de que é vítima.
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