Após todo tipo de negociações que desprezaram todas e quaisquer
ideologias, o governo Bolsonaro conseguiu, anteontem – a duras penas e por
margem ínfima -, aprovar a famigerada PEC dos Precatórios. Por 312 votos a 144,
deputados de todas as nuances aprovaram, em primeiro turno, a Emenda
Constitucional que, sob o pretexto de conceder uma ajuda de R$ 400 aos
miseráveis - através do programa social agora batizado de “Auxílio Brasil”-, permitirá
também um ataque ao teto de gastos do governo e, de quebra, destinará algo em
torno de 10 bilhões de reais para rateio, a título de emendas, entre os
deputados que se submeteram à vontade do Planalto.
A aprovação desse projeto já tem repercussão negativa nos
meios políticos e econômicos. Na política, o presidenciável, Ciro Gomes, ao ver
que mais da metade da bancada do seu partido, o PDT, votou favorável a essa
medida casuística, retirou sua pré-candidatura à presidência da República até
ulterior deliberação da bancada. Na economia, os efeitos já são observados
quando o dólar sobe e a bolsa cai motivados pela preocupação com a quebra da
principal regra de responsabilidade fiscal que é o teto de gastos. Na verdade,
mascarada de auxílio às famílias abaixo da linha da pobreza, essa PEC é mesmo
um auxílio eleitoral para viabilizar a reeleição de Jair Bolsonaro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário