Enquanto o PSDB patina tentando realizar uma prévia eleitoral
para a escolha do seu candidato à presidência da República, vários outros
partidos políticos já lançam seus pré-candidatos às eleições do próximo ano.
Até o presidente Jair Bolsonaro, até que enfim, anunciou que se filiará ao PL
no próximo dia 30 deste mês para concorrer à reeleição. Essa estratégia de
ocupação de espaços faz parte do jogo político, atendendo à máxima de que “quem
é cocho, parte cedo”.
O PSDB, que já foi protagonista de várias eleições
presidenciais, figura hoje, de forma atabalhoada, como força de terceira ou
quarta grandeza. Na verdade, o partido de FHC não visa ocupar a principal
cadeira do Palácio do Planalto, mas sim, conquistar o espaço perdido, consolidando
uma liderança nacional que possa resgatar o conceito antigo desse que foi um
dos mais importantes partidos políticos do Brasil.
O PDT já se consolida no páreo com a candidatura do
ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, representando a centro-esquerda. Na última
segunda-feira (22), o Podemos lançou a pré-candidatura do ex-juiz, Sergio Moro,
que se contrapõe claramente ao presidente Bolsonaro. Mais à direita, o PSD
avaliza a postulação do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e, pelo
MDB, em breve será lançado o nome da senadora Simone Tebet.
Todos esses pré-candidatos que ora se apresentam, partem com
um discurso crítico ao atual governo, o que significa um complicador para o
presidente Jair Bolsonaro, caso este consiga chegar ao segundo turno em disputa
com o ex-presidente Lula, que é favorito em todas as pesquisas de opiniões. É
claro que alguns dos pré-candidatos se opõem também ao candidato do PT, porém,
alguns deles, a exemplo de Ciro Gomes e Simone Tebet, poderão somar com o
ex-presidente num eventual segundo turno, enquanto os demais, jamais se
comporiam com Bolsonaro. É essa a leitura atual.
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