Líder absoluto em todas as pesquisas de intenção de votos
para as eleições do próximo ano, o ex-presidente Lula, mantém discurso do
passado que pode tirar-lhe votos. Em seu passeio pela Europa – o que foi um
sucesso de contatos com personalidades de influência e peso internacional -,
Lula tropeçou no discurso. No final de seu périplo pelo Velho Mundo, o
pré-candidato do PT foi recorrente em posições retrógradas na contramão do
mundo atual.
Em Madri, na Espanha, em entrevista concedida ao jornal “El
País”, respondendo às perguntas de uma jornalista, sobre a reeleição
(suspeitíssima) do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, Lula respondeu: “Por
que Angela Merkel pode ficar no governo durante 16 anos e o Ortega não pode?”. Mais
adiante, defendeu a repressão policial em Cuba. Na prática, são dois pesos e
duas medidas, quando critica as posições antidemocráticas do presidente Jair
Bolsonaro no Brasil e defende ditaduras na América Latina.
É claro que essas assertivas não terão o poder de
descredenciar o ex-presidente, que já é detentor de um patrimônio político
considerável e por demais conhecido. No entanto, esse esquerdismo retrógrado e demodê
não tem mais lugar na política brasileira. O que Lula deveria fazer mesmo era
se desvencilhar dessa esquerda atrasada, desse PT avacalhado, e seguir seu
caminho em sintonia com aqueles que querem seu retorno ao poder pelos motivos que
ele construiu ao longo de seus dois governos.
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