O ex-ministro José Américo de Almeida já dizia que as coisas
que têm de acontecer, elas se revestem, desde o começo, de muita força. É o que
acontece agora com o tradicional partido dos tucanos. O PSDB, que desde 1994
até 2014, protagonizou, junto com o PT as eleições presidenciais no Brasil,
saiu bem miudinho do pleito de 2018 e, agora, batendo cabeça, em clara disputa e
desentendimentos internos, se apequena mais ainda, sem vislumbrar chance alguma
de ocupar o espaço que os adversários de Lula e Bolsonaro chamam de terceira
via.
Com prévias eleitorais marcadas para este domingo que passou
- disputa que se afigura, além de inócua, como um instrumento, em vez de
democrático, mas de desagregação ainda maior do partido -, e que deixaram de
acontecer por problemas técnicos, tudo ficou ainda mais complicado. Uma pane no
sistema eletrônico de votos por aplicativo impediu a realização das primárias
tucanas. Na briga pela vaga para disputar a presidência da República no ano que
vem, estão: João Dória (SP), Eduardo Leite (RS e Artur Virgílio (AM).
Os dois primeiros são os favoritos, o terceiro, azarão. Dória
pontua, nas últimas pesquisas de intenção de votos com 3,1%. Leite e Virgílio,
sequer aparecem na lista dos pré-candidatos mencionados. O PSDB, que desde
2014, perdeu espaço e identidade, protagoniza agora uma briga interna que o
coloca no nível dos partidos nanicos. Eduardo Leite chama João Dória de
mentiroso, Artur Virgílio diz que Dória é uma “maçã podre” e por aí vai.
Enquanto os tucanos se beliscam, o PSDB, sem combustível eleitoral, entrou em
pane seca.
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