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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Princesa comemora 146 anos de Emancipação Político-administrativa

Hoje, 26 de novembro, depois de estabelecida pela Câmara Municipal, a verdadeira data da Emancipação do nosso município, comemoramos 146 anos de independência, o que ocorreu em 1875 por obra da Lei nº 597 (que foi revogada e mais tarde, em 1880, restaurada através da Lei nº 705). Desligado da Vila de Piancó naquela data, o termo de Bom Conselho, passou a chamar-se Princêza e a ter autonomia política, administrativa, judiciária e religiosa. Concomitantemente com a Emancipação Política, foram criados os Tabelionatos do Poder Judicial e a Comarca. Subalterna que era ao Governo Imperial, a Igreja Católica, foi criada também a Paróquia, consagrada a Nossa Senhora do Bom Conselho e elevada a Matriz. Foram delineados os limites geográficos da nova Vila e da nova freguesia. O toponímio “Princêza” foi adotado em homenagem à princesa Isabel Cristina, filha do imperador Dom Pedro II.

Extraído do trabalho de pesquisas do historiador, Francisco de Carvalho Florêncio, transcrevemos abaixo, o discurso proferido pelo Juiz de Direito da Comarca de Piancó, doutor Juvenal Rodrigues da Silva, o que foi feito por ocasião da instalação da nova Vila de Princêza e que consideramos a Certidão de Nascimento da municipalidade princesense, além de atestar sua patente vocação para o progresso:

“(...) Senhores! Era o povoado de Bom Conselho, antigo Distrito da Perdição, o maior, o mais comercial e o mais habitado por homens laboriosos e mais abastados desta Comarca, cujo coração é Piancó, a Vila Velha, como com muita propriedade a chamam, ao passo que definhava a olhos vistos. O Bom Conselho que lhe estava sujeito florescia com maravilhosa progressão. Parecia por isto, uma verdadeira anomalia estar subordinado o progresso à decadência, o vigor à fraqueza, o forte ao fraco - Era Bom Conselho um mancebo em too o ardor de sua idade, o Piancó um velho decrépito já pendido para o túmulo – Em tais condições, foi pela justa lei provincial n. 597 de 26 de novembro do ano passado elevado Bom Conselho à categoria de vila, com a significativa denominação de Vila de Princesa, em alusão aquela que, sendo a primogênita do nosso Magnânimo Monarca, é também a herdeira presuntiva do trono (...)”.

Quanto às origens e primórdios de Princesa, temos que, a primeira “data de terra” concedida na região foi em 06 de agosto de 1766, destinada a Lourenço de Brito Correia, constituindo-se este como o primeiro desbravador. Nessa data, já se denominava, o termo, “Lagoa da Perdição” e, a partir de então, instalaram-se aqui as primeiras fazendas para a criação de gado. Segundo o historiador princesense, Emmanuel Conserva de Arruda, em seu trabalho “A AÇÃO COLONIZADORA PRODUZINDO O ESPAÇO: de aldeias indígenas à Alagoa da Perdição – (1766-1816) – João Pessoa – 2007”, aqui chegados, os primeiros conquistadores, já encontraram índios habitando a região. Eram “da tribo Corema, da nação Tapuia, que habitavam as terras que se tornaram, a fazenda ‘Alagoa da Perdição’ de Lourenço de Brito Correia e demais sesmeiros”. Na década de 1870, com a chegada do padre Francisco Tavares Arcoverde, foi erguida uma capela, consagrada à Virgem do Bom Conselho. A partir daí o povoado, que pertencia ao município de Piancó, passou a chamar-se Bom Conselho. Em 21 de novembro de 1921, a vila de Princesa adquiriu, através de Lei Estadual, o status de município.




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