Posando de liderança, o presidente Jair Bolsonaro, em seu
discurso por ocasião de sua filiação ao PL, na última terça-feira (30),
afirmou: “Tiramos o Brasil da esquerda”. Acha ele [Bolsonaro], que o mérito foi
exclusivamente seu e não das circunstâncias daquele momento político. À época,
tudo convergiu para aquele resultado eleitoral.
É certo que o discurso anticorrupção aliado à promessa de
acabar com a velha política do toma-lá-dá-cá, promovida pelo chamado “centrão”,
contribuiu e muito para o êxito eleitoral do presidente. O sentimento
antipetismo que vigorava naquele momento era um caldo de cultura para o
surgimento de um novo modelo.
Por ser um deputado do “baixo clero”, portanto, completamente
desconhecido da massa dos eleitores, Jair Bolsonaro, armado dessas bandeiras e
beneficiado pela providencial peixeirada, empolgou a maioria e foi eleito
presidente da República, num momento crucial da nossa República.
Assumindo o governo, a coisa mudou. Descolado das promessas
de campanha, exceto da de armar o povo, Bolsonaro, enfraquecido pelas denúncias
de corrupção, primeiro quanto aos seus filhos e, depois, quanto ao seu próprio
governo, caiu nos braços do “centrão” que lhe dá, agora, a sustentação política
necessária contra a queda.
O apoio do “centrão” à sustentação de um governo enfraquecido,
é o início da destruição desse governo que vira refém deles [do “centrão”] e
não consegue governar. Os profissionais da política que povoam Brasília são
necessários para qualquer governo, porém, só escapam deles, os governos que
tenham sintonia com o povo, o que não é o caso de Jair Bolsonaro.
Diretor Comercial: Bernardo Victor de Carvalho Maximiano Roberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário