BARTOLOMEU MAIA
CAVALCANTE
BARTOLOMEU MAIA
CAVALCANTE, filho de
José Holanda Cavalcante e de dona Olga Maia Cavalcante, nasceu em Princesa, em
25 de janeiro de 1947. Aos oito anos de idade ingressou no Grupo Escolar “Gama
e Melo” para iniciar seus estudos primários. Concluída essa etapa educacional,
prestou exame de admissão no Colégio “Monte Carmelo” onde cursou a quinta série
do ensino básico. Aos 14 anos, iniciou o curso ginasial na Escola Cenecista
“Nossa Senhora do Bom Conselho”. Terminada essa segunda fase do ensino
fundamental, fez, na mesma escola, o curso clássico (equivalente ao atual curso
médio). Algum tempo depois, passou a morar no Recife onde fez vestibular - no
que obteve êxito -, e ingressou no curso superior de Bacharelado em Geografia,
na Universidade Católica da capital pernambucana. Terminado esse curso,
Bartolomeu fez concurso público para a função de professor de geografia da rede
pública do estado de Pernambuco. Aprovado, foi designado para ensinar na escola
estadual da Vila de Iraguaçu (Jericó/PE). Casou-se com dona Maria do Carmo
Maia, mais conhecida como “Carminha”, com quem teve uma filha chamada Mariana.
A boate “Le Bartô”
Quando voltou a
residir em Princesa, Bartolomeu Maia resolveu - inspirado no que conheceu no
Recife -, promover divertimento inusitado para os jovens princesenses e, em
1974 criou a primeira boate de Princesa. Instalou aquela casa de diversões (o
que incluía, além de pista de dança, bar e restaurante, vários jogos como:
gamão; damas; palavras cruzadas, etc.). A boate tomou o nome – inspirado na
língua francesa -, de “Le Bartô”. A Casa era dotada de três ambientes: o bar, a
pista de danças e um salão para bate-papos mais reservados para os enamorados.
A pista de danças – a primeira dotada de “luz negra” (desconhecida até então
pelos jovens de Princesa e muito censurada pelos mais velhos), causou o maior
sucesso no meio da juventude que começou a frequentar a boate. Porém, essa
iniciativa modernosa recebeu duras e acerbas críticas dos padres nos sermões
das missas dominicais e, por isso muitas moças ditas da alta sociedade foram,
pelos pais, proibidas de frequentar aquele ambiente considerado pelos
preconceituosos, lugar nocivo ao pudor e aos bons costumes. Mesmo assim,
Bartolomeu não se intimidou, persistiu no empreendimento que logo recebeu a
adesão da maioria dos jovens princesenses e, com o passar do tempo, amansou
padres e pais.
Promotor
de Eventos
Além de
administrar a já famosa boate, Bartô (como era chamado na intimidade), começou
também a promover eventos festivos como festas dançantes temáticas: “Noite das
Nações”; “Festa das Américas”, dentre outras promoções. Animado pelo sucesso de
seus empreendimentos sociais, Maia resolveu realizar em Princesa, a 1ª Semana
Universitária. Isso aconteceu em 1975 e teve a adesão maciça dos estudantes
universitários de Princesa que faziam cursos superiores em João Pessoa e no
Recife. Foi uma semana de eventos, tais como: torneios esportivos; assustados;
debates sobre cultura e história; caminhadas; gincanas; etc., culminando com
uma grande festa dançante, animada pelo conjunto (banda) “Ogírio Cavalcanti”,
realizada no saguão do então Ginásio “Nossa Senhora do Bom Conselho”. Depois do
sucesso dessa primeira edição da Festa Universitária, Bartô promoveu outras
mais e, numa delas, em 1981, trouxe para Princesa o festejado arcebispo de
Olinda e Recife, dom Hélder Câmara e o arcebispo da Paraíba, dom José Maria
Pires, mais conhecido como “dom Pelé”.
Bloco Carnavalesco e Bar Rural
Não satisfeito com os empreendimentos acima mencionados, Bartolomeu criou também um bloco carnavalesco com o nome: “Prepara a Coisa que eu Chego Já”. Esse bloco, formado por jovens da alta sociedade princesense, desfilava nos três dias do Carnaval, visitando casas, promovendo mela-mela com maizena e talco; banhos de água; borrifação com lança-perfumes; muito frevo e muita batucada. Até uma composição musical Bartô mandou fazer para animar o bloco. Em 1985 o promoter princesense resolver construir um Bar e Restaurante na Zona Rural próxima à cidade de Princesa. Seria algo também inédito e muito chique para aquela época. Lamentavelmente, Maia, antes de realizar mais essa empreitada inovadora, contraiu em 1988, um mal incurável que veio a ceifar sua vida precocemente, quando morreu, em junho de 1990, com apenas 43 anos de idade. Bartolomeu Maia Cavalcante, em que pese haver tido vida curta, dedicou quase toda a sua existência às coisas de Princesa, pois, conseguiu conciliar seu ministério educacional como professor na Vila de Jericó, com as várias iniciativas sociais, culturais e festivas que animaram e fizeram época em Princesa. Esse pioneiro do lazer e das promoções sociais está, sem dúvida alguma, a merecer a homenagem de seus conterrâneos sendo agora alçado, à condição de um dos ilustres filhos de Princesa.
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