Filiado ao PL com a promessa de contar com o partido em todas
as instâncias, o presidente Jair Bolsonaro deu com os burros n’água. O
pragmatismo dos caciques do velho “centrão” passaram-lhe a perna. No estado de
São Paulo, prefeitos do PP já disseram que não largam o osso do governador João
Dória e apoiarão, para o governo do Estado, o vice-governador Rodrigo Garcia.
Enquanto isso, o candidato da preferência do presidente é o seu ministro da
Infraestrutura Tarcísio de Freitas.
Na Bahia, o mesmo PP já se senta à mesa em negociações para
continuar aliado ao PT e apoiar a candidatura do senador Jaques Wagner ao
governo daquele Estado. No Piauí, a mesma edição, na Paraíba, idem. Diante
desse quadro adverso, a coisa se complica ainda mais quando deputados e
senadores do “centrão” assistem ao derretimento da popularidade do presidente e
já arrumam as malas para abandonar a rural bolsonarista.
O “centrão” é assim.
Pelas rebarbas, alguns próceres do PL, PP e Republicanos
tentam convencer Bolsonaro a mudar o discurso, esquecer esse viés negacionista
(o que impressiona e satisfaz ínfima parcela do eleitorado) e adotar postura
menos radical e mais sintonizada com a maioria do eleitorado, mas não. O
presidente insiste em pregar para seus devotos, uma minoria radical o que
aumenta, a cada dia, o seu desgaste político junto à maioria do eleitorado.
A baixa popularidade apurada pelas recentes pesquisas de
intenções de votos, se exacerba agora quando Jair Bolsonaro, reverberado pelo
ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se posicionam, ambos, contrários à
vacinação de crianças até 11 anos (o que é o desejo da maioria dos pais),
alegando o risco de efeitos colaterais graves e amparados na desculpa dos pouquíssimos
óbitos de menores pela covid-19. Ou seja, é quase uma intenção de que devemos
esperar que as crianças comecem a morrer para podermos começar a vaciná-las?
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