Na contramão do vem acontecendo no mundo todo, o Brasil, sob
a orientação do presidente Jair Bolsonaro, desdenha da necessidade da prevenção
de uma possível “terceira onda” de covid-19 e deixa de adotar o chamado “passaporte
da vacina” para os estrangeiros que devem visitar o país nesse verão que se
aproxima. Aliás, advogando em causa própria, uma vez que ele não tomou a vacina.
Ontem, em entrevista coletiva, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga,
como um ventríloquo do presidente da República, assegurou que não será
obrigatória a apresentação do certificado da vacina para os que visitarem o
país nesse tempo da variante ômicron, reverberando o que disse Bolsonaro: ”É melhor morrer do que perder a liberdade”.
Conceito de liberdade bastante frágil, uma vez ser a vida o bem maior.
O negacionismo do presidente Jair Bolsonaro beira as raias da
loucura. Além de desqualificar as vacinas – o que vem fazendo há muito tempo -,
desestimula sua aplicação num claro comportamento irresponsável de quem age em
descompasso da realidade. É sabido que o número de internações e mortes no
Brasil vem caindo, graças à massiva imunização através das vacinas e, mesmo
assim, o presidente da República repudia essa salvadora ação.
Como se não bastasse, agora, o chefe da Nação, promove um
festival de não-vacinados – proibidos de entrar na maioria dos países do mundo
-, a virem para o Brasil, transformando o nosso país no paraíso dos
negacionistas. O conceito de liberdade dessa corja irresponsável que,
infelizmente, governa o Brasil, poderá, numa possível terceira onda da terrível
doença, causar mais mortes ainda do que as mais de 600 mil que já aconteceram.
Parafraseando o velho ditado que diz: “Além de queda, coice”, aqui, além de
pandemia, Bolsonaro.
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