Ontem (15) fui recebido pelo casal, José Casusa e Ceição
Diniz, em sua residência, aqui em Princesa, ocasião em que o vice-prefeito, José
Casusa de Almeida concedeu importante entrevista a este blog. Fugindo ao padrão
em que damos nomenclatura às perguntas e às respostas, reproduziremos aqui
parte da conversa informal - encetada entre este que escreve e o vice-prefeito
–, realçando os principais pontos abordados pelo entrevistado.
Esse modal de reportagem será o primeiro de uma série, que a
partir de agora este blog promoverá com a intenção de veicular, pelo menos uma
vez por mês, colhendo a opinião de lideranças políticas e versando sempre sobre
o ambiente político do município, com vistas no desenrolar das posições sobre o
pleito do próximo ano.
Confortavelmente acomodados em sua sala-de-estar, damos
início à conversa, quando perguntei, inicialmente, sobre sua estreia na
política princesense. José Casusa respondeu: “Já em 2008 ensaiei uma
candidatura a vereador, porém, desisti por entender não ser ainda a hora certa.
Em 2020, aceitei o convite do prefeito Ricardo Pereira do Nascimento para
figurar na chapa majoritária como vice-prefeito, por entender ser importante a
minha contribuição para o município naquele momento”.
Dando seguimento à entrevista, regada a um gostoso café, relembrei
ao o vice-prefeito sobre sua manifestação pública, em meados deste ano, quando
da ocorrência do depoimento de um paciente que foi mal atendido no Hospital
Regional (que é administrado pelo município), ocasião em que ele [Casusa] se
posicionou favorável ao paciente e crítico em relação à administração daquele
nosocômio. Perguntado, se fosse ele o prefeito, melhoraria o funcionamento da
saúde? Zé Casusa respondeu: “Não deixarei jamais de opinar em favor do
que é certo, mesmo que não esteja alinhado com o pensamento do prefeito: ele
tem sua opinião, eu tenho a minha e cada um tem seu jeito de gerir. Tem coisas
que a gente concorda, outras não. O prefeito trabalha muito, 24 horas por dia”.
Em seguida, afirmou: “Eu não gostaria de opinar sobre a gestão,
mesmo porque eu faço parte do grupo político do prefeito e, opinar sobre o que
deve ou não deve ser feito, não cabe a mim, o gestor é ele”.
Na sequência da entrevista, abordei o tema da política e
iniciei perguntando ao vice-prefeito sobre a antecipação da campanha eleitoral
de 2024, quando, por ocasião de uma entrevista concedida pelo prefeito, à Rádio
Princesa FM, o radialista Júnior Duarte lançou no ar - na presença do senhor
Ricardo Pereira - uma enquete sobre a avaliação popular do nome do Secretário
de Finanças, Fábio Brás, para sucedê-lo em 2025. José Casusa empertigou-se no
sofá e respondeu rápido: “Escutei, escutei a enquete. O prefeito
disse que não foi inciativa dele. Porém, se eu estivesse ali eu sairia do
estúdio. Acho muito prematuro o lançamento de candidaturas agora”. E
repetiu: “Sairia de imediato. Não concordo com a antecipação”.
Perguntado sobre o que acha da possível união das oposições
representadas pelo grupo Moura e por doutor Sidney Oliveira, o vice-prefeito
disse: “Na política, eu defendo o diálogo. Eu dialogaria com todo mundo, mas
sobre isso eu não vou opinar, mesmo porque, eu faço parte de outro grupo
político”.
No correr da conversa, perguntei ao vice-prefeito se ele
seguirá a orientação do prefeito e votará nos candidatos a deputados e senador
indicados por Ricardo Pereira. A resposta foi por demais emblemática: “Se
eu estiver no grupo político do prefeito, votarei sim. Mas acho prematuro isso
agora, política é hoje e não é amanhã. O que precisa no momento é de diálogo.
Repito: a preço de hoje eu faço parte do grupo político, não da gestão, e o
futuro a Deus pertence”.
Sobre a candidatura do doutor Aledson Moura a deputado
estadual, perguntei a Casusa o que ele achava dessa postulação. O vice-prefeito
respondeu de forma sucinta e cautelosa, dizendo: “Gosto do doutor Aledson e acho
legítima a sua intenção em candidatar-se, estimulo e acho de todo direito. Não
posso adiantar mais nada porque tenho o cuidado em dizer algo hoje que não
possa cumprir amanhã. Sou independente e, o que eu falo, é tudo a preço de hoje.
O doutor Aledson está em evidência, liderando um grupo de políticos
independentes e isso é muito importante”.
Na sequência, perguntei em quem votaria, o vice-prefeito,
para presidente da República, ao que ele respondeu: “Diante do contexto que se
apresenta agora, nem em Lula nem em Bolsonaro”. Encerrando a
entrevista, perguntei a José Casusa se ele tem a intenção de candidatar-se a
prefeito de Princesa. De pronto, me respondeu: “É prematuro responder isso. Sou
o vice-prefeito de Princesa e, se Deus quiser, espero sê-lo até o final do
mandato. Não penso nisso agora”.
Encerrada a entrevista, agradeci a acolhida do simpático e
elegante casal - principalmente aos elogios tecidos quanto à performance deste
veículo de comunicação - e me despedi realçando a inteligência de sua esposa e
a capacidade do anfitrião que, na qualidade de um self made man, se destaca em Princesa como um homem empreendedor
que muito tem contribuído para o desenvolvimento e o progresso do nosso
município.
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