Quando gozava do poder total na Paraíba, o agora
ex-governador Ricardo Coutinho, mandava e desmandava em tudo, onde punha o
dedo, igual Midas, transformava em ouro. Hoje, defenestrado do poder, acusado
de corrupção, execrado nas ruas e abandonado pelos amigos, sofre punições de
todo tamanho. As contas de seu primeiro mandato governamental (2011/2014) foram
todas aprovadas por unanimidade (tanto no TCE/PB quanto na Assembleia
Legislativa). De lá para cá, o barco virou e vem dando tudo errado quando as
contas do segundo mandato vêm sendo rejeitadas pelo Tribunal de Contas do
Estado.
Conselheiros que o aconselhavam quanto às nomeações para cargos
importantes e até indicavam amigos e parentes para esses postos, faziam tudo o
que Ricardo queria, e hoje, em nome da moralidade e da retidão no julgar,
rejeitam suas contas e o tornam inelegível. É essa a regra do poder,
principalmente quando se trata de alguém que, quando o detinha, tratava a todos
com arrogância. Agora, em nome da lei, recebe o troco. Na política, sair do
inferno para o céu é demorado, o contrário, porém, é muito rápido e, no mais
das vezes, quem conduz isso são os ex-amigos. Ossos do ofício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário