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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Bento XVI dá exemplo de humildade

Doente e aos 94 anos de idade, o papa emérito, Bento XVI, ex-condutor da Igreja Católica – segmento cristão que congrega a maior parte dos fiéis desse credo no mundo -, sob o peso de suas responsabilidades, declarou ontem, através de uma carta, que errou quando negou haver participado de uma reunião em que bispos da Diocese de Munique, na década de 1970, trataram de abusos sexuais cometidos por padres daquela jurisdição.

Bento XVI ou Joseph Aloisius Ratzinger – este é seu nome civil -, foi papa da Igreja Católica de 2005 até 2013, quando renunciou ao papado por motivos que até hoje não sabemos. Agora, sob essa grave acusação, deixa de lado a “infalibilidade papal” e assume, pública e humildemente, que prevaricou. Gesto por demais nobre para aquele que foi um dia o guardião das chaves do céu.

Esse exemplo de humildade promovido pelo ex-papa Bento XVI, só acrescenta na vida desse religioso, que na qualidade de um dos grandes teólogos da Igreja Romana, faz um mea culpa, numa exposição que o qualifica pela fraqueza que cometeu quando assume seu erro e, na qualidade de grande expoente do catolicismo, pede perdão e diz estar pronto para o julgamento final. Esplêndido em sua misericordiosa humildade.






 

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