Doente e aos 94 anos de idade, o papa emérito, Bento XVI,
ex-condutor da Igreja Católica – segmento cristão que congrega a maior parte
dos fiéis desse credo no mundo -, sob o peso de suas responsabilidades,
declarou ontem, através de uma carta, que errou quando negou haver participado
de uma reunião em que bispos da Diocese de Munique, na década de 1970, trataram
de abusos sexuais cometidos por padres daquela jurisdição.
Bento XVI ou Joseph Aloisius Ratzinger – este é seu nome
civil -, foi papa da Igreja Católica de 2005 até 2013, quando renunciou ao
papado por motivos que até hoje não sabemos. Agora, sob essa grave acusação,
deixa de lado a “infalibilidade papal” e assume, pública e humildemente, que
prevaricou. Gesto por demais nobre para aquele que foi um dia o guardião das
chaves do céu.
Esse exemplo de humildade promovido pelo ex-papa Bento XVI,
só acrescenta na vida desse religioso, que na qualidade de um dos grandes
teólogos da Igreja Romana, faz um mea
culpa, numa exposição que o qualifica pela fraqueza que cometeu quando
assume seu erro e, na qualidade de grande expoente do catolicismo, pede perdão
e diz estar pronto para o julgamento final. Esplêndido em sua misericordiosa
humildade.
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