Quando a cabeça não pensa, o corpo padece. É com esse velho
ditado que se define o momento atual do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
No afã de invadir, dominar e anexar a Ucrânia – o que para ele seria uma
barbada -, o chefe do Kremlin está num beco sem saída quando a segunda maior
máquina de guerra mais poderosa do mundo não consegue dominar o país que
decidiu invadir e, além de unificar seus inimigos do Ocidente que, unidos, lhes
impõem retaliações graves, chama para si as antipatias de quase todo o Planeta.
Coordenando o PIB mundial em prol de ações coletivas contra a
Rússia, os EUA estão encurralando Putin quando sufocam a economia russa com
sanções que têm recebido adesões várias. Além disso, a guerra (que não é da
Ucrânia, mas na Ucrânia) vem sendo disputada não somente no front bélico, mas
também nos fronts econômico e midiático. Declarações de personalidades
importantes no mundo têm repercutido negativamente para a sustentação do
presidente russo de que não está promovendo uma guerra, mas sim, uma Operação Especial.
Atéo Papa Francisco se envolve quando, além de condenar o
conflito e rezar pelo seu fim, se oferece como intermediador pessoal para pôr
fim à guerra. Enquanto o obscuro Volodymyr da Ucrânia resiste, o Vladimir da
Rússia se vê num impasse. O cerco a Kiev se fecha, mas os moradores da capital
ucraniana fecham as ruas com barricadas para resistir aos tanques russos.
Diante de protestos internos que desaconselham a guerra, Putin vê também o
mundo se levantar contra uma guerra que todos dizem não ser da Rússia, mas sim
de Putin.
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