No início da década de 1970, José Pereira Góis, mais
conhecido por “Zé Góis”, era chefe da agência dos Correios e Telégrafos em
Princesa. Sua sede estava localizada no local onde ainda hoje funciona. Era ali
que se postavam cartas, eram emitidos telegramas, etc.
Numa tarde calorenta de setembro de 1972, duas freiras –
irmãs da Ordem Carmelita sediada em Princesa – foram à agência dos Correios
para despachar uma carta para a cidade de Cajazeiras/PB. Lá chegando, se
dirigiram ao balcão de atendimento. Não encontrando ninguém para atendê-las,
chamaram pelo nome do chefe daquela casa de cartas e não obtiveram nenhuma resposta.
Ao verem uma porta entreaberta, que dava para uma sala ao
lado, uma das irmãs dirigiu-se até aquele recinto em busca de alguém para
atendê-las. Ao adentrar à referida sala, a freira deu de cara com um quadro,
senão incomum, mas, bastante obsceno: Zé Góis, completamente nu, deitado em uma
rede.
Estarrecida com a cena, a irmã soltou um histérico grito, o
que chamou a atenção da colega que, ao adentrar à dita sala já encontrou Zé
Góis de pé – como nasceu - com as estrovengas à mostra e, a primeira irmã, com
a mão a cobrir o rosto - só que com os dedos espalhados na cara - no que foi
imitada pela outra. Demoraram um pouco a deleitarem-se com a inusitada cena e
correram de volta para o Colégio com a carta na mão.
Tal cena foi provocada por motivo de Zé Góis haver passado o
dia todo tomando cachaça e, bêbado, sucumbiu ao sono profundo como se em casa
estivesse, completamente à vontade. Após o fato, o telegrafista, ainda atônito,
vestiu-se, fechou a agência e partiu para casa. Chegando à sua residência – onde
morava sozinho – na “Rua Grande”, começou a bater palmas como se estivesse
chamando alguém a abrir a sua própria porta. Ao ver a cena, seu vizinho, Pedro
Sobreira – muito encartado - saiu à calçada e disse: “Ele não está aí não, saiu cedo”. Zé Góis, ainda bêbado, saiu a
perambular pela cidade à procura de sua casa.
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