Quadras Sertanejas
Princesa
altiva, resistente e linda
Da Paraíba
és berço adorado
Do filho
ilustre que acolheis ainda
Com prazer
delirante e comprovado
Passados
traços de lances incertos
Da quadra
dúbia dos prazeres teus
Lembra um
cruzeiro de braços abertos
Erguendo
preces suplicantes a Deus
E o tempo
passa dubioso e mudo
Com as
suspeitas que o momento gera
E a verdade
que esclarece tudo
Dissipa
enganos e a justiça impera
E hoje,
Princesa, tua glória infinda
E os teus
prazeres já não mais se veem
Com teu Zé
Pereira que se encontra ainda
Convicto
sempre a conduzir-te além
Poesia escrita por Antônio Fernandes Lima, em 15 de setembro
de 1936, por ocasião do retorno do coronel José Pereira Lima a Princesa, depois
de seu exílio pelas plagas do Nordeste brasileiro, quando fugiu para não ser
preso pelos revolucionários de 1930. Antônio Fernandes é o avô dos comerciantes:
Bezinho e Joca Fernandes, do Arcebispo Metropolitano de Maceió/AL, Dom Antônio
Muniz Fernandes e do Pastor Evangélico da 1ª Igreja Batista de João Pessoa,
Estevam Fernandes.
Interessante observar que o senhor Antônio Fernandes Lima,
que era funcionário da Fazenda Estadual, transformou-se, depois, em um grande
aliado de Nominando Muniz Diniz (“seu” Mano), que era adversário político da
família Pereira. Esta pérola literária me foi concedida pelo neto do poeta,
Bezinho Fernandes.
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