O que não é mais um tabu, nesses novos tempos, pode virar uma
regra. Depois da renúncia do papa Bento XVI, ocorrida em março de 2013, não é
mais surpresa que isso torne a acontecer. O Papa Francisco, aos 85 anos de
idade e quase 10 anos de Pontificado, com a saúde debilitada, sofrendo problemas
de mobilidade, poderá reeditar o que aconteceu há uma década atrás e renunciar
ao trono de São Pedro.
Até a renúncia de Bento XVI, o último papa a renunciar foi
Gregório XII, no século XV. Como vemos, isso não tem sido uma prática comum. No
caso do Papa Francisco, é lamentável que esse profícuo pontificado que, mesmo
sem promover rupturas, e que vem fazendo um aggiornamento
brando, mas eficaz na Igreja de Roma, seja agora interrompido por uma
renúncia. É certo que o Papa está com problemas de saúde física, porém, a mental,
está perfeita e pronta ainda para muito servir à humanidade.
Não é necessário
professarmos fé alguma para reconhecermos os méritos de alguns dirigentes
religiosos e, Francisco, está nesse diapasão, quando vem abrindo a pauta de
costumes do Vaticano em relação aos comportamentos humanos, quebrando tabus,
abolindo preconceitos e, principalmente, rogando pela paz no mundo. Só a título
de ilustração, enquanto o Papa da Igreja Católica age assim, o chefe da Igreja
Ortodoxa Russa, Cirilo I, aliado de Putin, defende com unhas e dentes a invasão
daquele país sobre a Ucrânia. Nesse caso, quem deveria renunciar, não o faz.
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