Antônio Dellano, princesense
histórico, é figura folclórica por seu bom humor e por ser dono de um espírito
provocador do riso. Por isso, reproduzo aqui uma história - envolvendo esse
personagem -, que considero muito engraçada: Dellano, dono de uma pousada rural
muito aprazível (“Pousada Cedro”), que dista da cidade apenas cinco
quilômetros, pôs anúncios em toda a região polarizada por Princesa destacando a
beleza natural, o conforto, a culinária, a discrição, etc. da sua hospedaria, o
que provocou a procura do local por muitas pessoas buscadoras de paz,
tranquilidade e prazer, inclusive para a prática do amor nesses tempos em que
não existe mais o saudoso Cabaré.
Irmãs
indesejáveis
Atraídas pela
propaganda, certo dia apareceram três freiras advindas do vizinho estado de
Pernambuco para hospedarem-se na pousada de Dellano. Acontece que a dita
hospedaria funciona também como abrigo para casais que querem se divertir no
amor proibido. Ao receber as irmãs, Dellano pensou que viriam, as religiosas,
somente para passar um dia e pronto. O problema é que as sórores gostaram.
Hospedadas, já estavam na pousada por mais de quatro dias. Essa demorada
estadia estava deixando o dono do hotel muito aflito, pois, durante o dia,
ficavam a bordar no alpendre de entrada da pousada e, os casais que vinham
ávidos para seu idílio amoroso, ao verem as freiras, davam meia-volta e iam-se
embora.
Ideia
luminosa
Aperreado com o
crescente prejuízo, Dellano teve uma luminosa ideia: Foi à cidade visitar a
única loja que vendia aviamentos em Princesa, local onde as religiosas
compravam suas linhas para os bordados. Lá chegando, dirigiu-se à balconista do
estabelecimento perguntando à mesma se esta conhecia as benditas freiras. Ao
receber resposta positiva, Dellano instou a funcionária a perguntar às irmãs
onde elas estavam hospedadas e que, diante da resposta das sórores, a moça do
aviamento lhes dissesse que o local onde estavam arranchadas não era recinto apropriado
para religiosas nem ambiente de respeito, etc., etc. Para tanto, o dono da
pousada deve ter “molhado” a mão da funcionária, pois, no dia seguinte, ao
retornarem das compras, as irmãs solicitaram o fechamento da conta e foram-se
embora da pousada – sem nenhuma explicação - e, como isso, Dellano voltou a auferir
seu libidinoso lucro.
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