Almoçando na casa de um amigo, em Arapiraca/AL, o poeta
paraibano, Ivanildo Vilanova, de repente, parou de comer e passou a fitar,
fixamente, o movimento das moscas que faziam a festa em cima da mesa. A vê-lo
absorto, o amigo anfitrião observou: “Tá admirado? Pois é, o homem morre e não
faz as coisas da natureza, né?” De repente, Ivanildo virou-se para o dono da
casa e, transformando em mote, sua observação, recitou a seguinte décima
glosando o mote do amigo:
O homem faz uma
rosca,
Parafuso e
similares,
Um prédio
com dez andares
Ou uma
cabana tosca,
Porém não
faz uma mosca
Pequenina e
indefesa
Pousar em
cima da mesa
Comer
desejando mais,
O homem
morre e não faz
As coisas da
natureza.
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