Excerto das páginas 192 e 193, do 4° capítulo, da terceira parte do livro: "Amor, Pecado e sangue - 5 Crimes que abalaram Princesa", que será lançado no próximo dia 19, a partir das 19 horas, no Palacete dos Pereira:
"(...) O tabelião João Barros e sua esposa Ceição Lima, recém-casados, que residiam na mesma rua, quase vizinhos de "seu" Tote, estavam sentados à mesa para jantar. Ao ouvir os vários estampidos, João Barros disse à esposa: "É tiro, Ceição!". Mais que depressa, empurrou o prato e levantou-se da cadeira em que estava sentado dirigindo-se para a rua. Lá chegando, viu ainda, o criminoso correndo em demanda da rua do cemitério. Adentrou à casa de Tote e lá se deparou com a triste cena: "seu" Tote paralisado com o terço da Virgem na mão, dona Joaninha atônita a gesticular sinais da cruz e Peba, nos estertores da morte debaixo da mesinha que suportava o santuário daquele casal. Barros, em socorro do moribundo, o pôs nos braços e saiu em busca de ajuda, o que se fez em vão, pois, o rapaz de dezenove anos faleceu antes que qualquer providência salvadora pudesse ter sido tomada. Morto José Rivaldo, foi seu corpo transportado do local do crime para sua residência, à Rua Professor Rosas (Rua da Lagoa), em uma cama de campanha, conduzida por quatro homens, o que traz à memória o cortejo que acontece, em Princesa, na Semana Santa quando é conduzida, em procissão, a imagem do "Senhor Morto". Nesse dia, as luzes da iluminação pública da cidade, que sempre eram apagadas às 21:30 horas, ficaram acesas até mais de meia-noite".
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