Em Princesa, os contrários se confraternizam em prol da cultura princesense

Há exatos 98 anos, um fato histórico da maior relevância - a Revolução de 1930 -, promoveu a cisão entre duas das famílias mais tradicionais de Princesa: "Pereira" e "Diniz". Com a vitória daquele movimento revolucionário, o coronel José Pereira Lima, chefe inconteste de Princesa, derrotado e sob perseguição política, teve de fugir de Princesa. Com isso, Nominando Muniz Diniz ("seu" Mano), ocupou o vácuo assumindo os destinos políticos do município, até então rebelado.

Passados quase 100 anos, os netos daqueles dois líderes se reuniram, confraternizando num dos mais importantes templos da história e da cultura princesense: O Memorial "Pereira Lima". Isso aconteceu ontem (16), quando José Pereira Lima Neto, recebeu Antônio Nominando Diniz Filho (Totonho) e Florentina Flora Diniz Oliveira, em visita àquele Memorial. Ali, Totonho e Flora, ciceroneados por Zé Pereira, conheceram aquele espaco dedicado à história da família "Pereira", que se confunde com a história de Princesa.

Ambos vestindo verde (Totonho e José), numa coincidência que registra esse momento histórico, podem estar dando o norte que a nossa terra necessita: o da esperança de tempos melhores. Essa reconciliação - já havida em tempos recentes -, é agora coroada com esse encontro e com essa visita histórica, o que demonstra alto grau de civilidade política, numa confraternização que conspira a favor da cultura princesense. Encantado com o Memorial, Nominando, parabenizou José pela nobre iniciativa. Tomara que, os netos de "seu" Mano, tomem como exemplo e construam também um memorial da família "Nominando Diniz".