Talvez, em toda a História da República, não tenha havido algo tão mal engendrado quanto o "golpe" que prepararam - usando como massa de manobra alguns bolsonaristas radicais - contra a Democracia brasileira. Sem contar com o apoio de nenhuma força expressiva, tampouco de segmentos organizados da Nação - em que pese os prejuízos materiais causados ao patrimônio público - o atentado terrorista, em nada feriu o Estado Democrático de Direito.
Na verdade, um golpe de fancaria. Na surdina e de forma mascarada, porque sub-reptícia, dá-se conta de que, os que urdiram a intentona, o fizeram à distância e usando poucos elementos capazes de proporcionar sucesso. Da mesma forma como o governo do Distrito Federal deixou ao "deus dará" a Esplanada dos Ministérios, os cabeças da mazorca, deixaram também, os pobres vândalos, expostos, em sua sanha depredatória.
Mesmo se o presidente da República, Luís Inácio da Silva, não tivesse decretado a intervenção na Segurança Pública de Brasília, dificilmente o "golpe" haveria tido sucesso. Tudo foi programado de forma irresponsável e por demais amadora. Desde a fuga do ex-presidente Jair Bolsonaro para os EUA, até o desmonte da Segurança do DF pelo então Secretário de Segurança e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que seguiu também para o exterior, foi tudo orquestrado previamente.
De tudo isso, resta um saldo positivo, o de saber que a nossa democracia é forte e está amadurecida. Que não está vulnerável à ridicularia de golpistas lisos, ensaboados, que aprontam suas maluquices e "capam o gato" em desfavor a seus atos extremistas e em detrimento de uns poucos gatos pingados que servem como massa de manobra para seus intentos antidemocráticos. Deu errado. Resta agora, a punição dos culpados e a busca do ressarcimento dos prejuizos causados. Quanto ao resto, segue impávido, o Brasil, sob a batuta dos que foram soberanamente eleitos.
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