Num, exercício de malandragem diplomática, o presidente Luís
Inácio Lula da Silva, semana passada, em viagem pela China e Emirados Árabes
Unidos, fez críticas acerbas às posições dos EUA e da Comunidade Europeia
quanto à guerra na Ucrânia. Em menos de dois dias, o que estava emperrado,
passou a andar. A ajuda financeira dos americanos ao combate ao desmatamento e
à preservação da Amazônia, que estava em banho-maria, desabrochou numa ajuda de
US$ 500 milhões.
Mais do que depressa, Lula, em visita a Portugal e à Espanha,
nesta semana, mudou o discurso e já fala que a “soberania da Ucrânia é
incontestável”, e que a “guerra tem que ser combatida com a paz”. A experiência
e a matreirice do presidente Lula faz a diferença. Com isso, reinseriu-se no
contexto das nações que se alinham à Ucrânia e brilhou no cenário europeu com
esse discurso conciliador. Perspicácia somada a humildade resulta numa soma de
valores que só trazem benefícios. O Brasil voltou.
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