Vivemos também um novo tempo na meteorologia. Da mesma forma
que nunca havia, o Nordeste, tido período tão longo de estiagem como foi o que
compreendeu os anos entre 2012 e 2016, nunca também, essa região, experimentou
período tão longo de invernos regulares quanto se observa agora, desde 2017 até
o presente ano. São sete anos de chuvas regulares.
Pela série histórica dos registros sobre as precipitações
pluviométricas no Nordeste, tem-se o ano de 1915 como a maior seca do século
passado quando caíram apenas 287 milímetros de chuva. Já o ano de 1914 foi o
mais pródigo em precipitações quando choveu 1030 milímetros. Já no século
atual, de 2012 até 2016, choveu apenas 1536 milímetros se constituindo na maior
estiagem já havida no Nordeste brasileiro.
Somente em 2020 (quando o açude Jatobá II sangrou pela última
vez), tivemos 1442 mm de chuva. E agora, neste ano que parecia ser seco,
estamos recebendo um volume de chuvas que ultrapassam a normalidade. Tanto na quantidade
quanto na perenidade de invernos regulares, a coisa mudou. Somente ontem,
choveu, em Princesa, 90 milímetros, o que nos encaminha para o sétimo ano
consecutivo de inverno bom. O tempo mudou.
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