Desde a última segunda-feira (24) algumas barbas ilustres
estão de molho. A delação premiada do ex-policial, Élcio Queiroz, tomada pela
Polícia Federal, deu outro rumo às investigações sobre o duplo assassinato que
vitimou a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em março
de 2018. Barbas de molho porque as evidências indicam que o (s) mandante (s)
dessa execução pode ser alguém do alto escalão da política nacional ou ligado
aos operadores da indústria do crime no Rio de Janeiro. Pelo que se comenta, já
existem provas robustas que apontam para um desenlace definitivo desse
misterioso caso.
Durante cinco anos as investigações ficaram paradas ou
prejudicadas em seu curso. Bastaram sete meses de governo democrático para que
a coisa andasse e chegasse ao que vemos agora. Nas palavras do ministro da
Justiça, Flávio Dino: “Existem avenidas que conduzem a provas que farão chegar
aos mandantes do crime”. Segundo o ministro, são indicações que estão sendo
trabalhadas tecnicamente e com prioridade, pela PF, sem interferência política,
para que em breve seja elucidado esse hediondo crime. As enigmáticas palavras
de Dino levam a crer que haverá respingos dessa lama toda em figurões da
República.
Mesmo em face da divulgação dessas novidades sobre as
investigações, há trechos da delação premiada de Élcio Queiroz que estão ainda
sob sigilo e, quando emergidos, esses fatos novos, poderão trazer dores de
cabeça para cabeças coroadas. Desmascarado pelo parceiro e com seu álibi
desmentido pela esposa, Ronnie Lessa (o acusado pelos disparos que vitimou a
vereadora e seu motorista) tem agora, pela Polícia Federal, a proposta de fazer
também uma delação premiada que, sendo aceita, promete desbaratar não somente
esses crimes, mas também puxar o fio da meada da indústria do crime no Rio de
Janeiro, o que poderá envolver milícias e outras coisas mais.
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