Sem unha, o peba não cava e, sem dente, o cachorro não morde.
Isso retrata a situação em que se encontra agora o ex-presidente Jair
Bolsonaro. Tornado inelegível pelo TSE, por 5 x 2 na tarde de ontem (30),
aquele que já foi o Manda-Chuva do conservadorismo e da extrema direita no
Brasil, se encontra agora num mato sem cachorro. Para quem reunia multidões com
grande facilidade soa estranho que ontem, por ocasião da sessão do TSE que lhe
impediu de participar das urnas por 8 anos, não tivesse ninguém do seu cordão
para assistir ao seu sepultamento político, tampouco manifestantes na frente do
prédio protestando pela terrível “injustiça”. É a gangorra do poder. É a regra
do jogo político: quem não tem mais o que dar é dado como morto.
Já sem o poder que lhe foi tirado pelo povo, na eleição do
ano passado, está agora, Bolsonaro, sem perspectiva de poder, o que, na
política, é algo fatal. Principalmente, quando se sabe que os seus principais
apoiadores são os próceres do chamado “centrão” e, estes, têm o costume de
largar o barco antes de ele afundar, até porque, sabem nadar. Nesse caso, quem,
a partir de agora, em sã consciência, vai obedecer às ordens de Bolsonaro? O
mesmo que eles [os do centrão], nas coxias, chamavam de “doido”? Com certeza, não
tolerarão passivamente suas maluquices. Afinal, sem caneta, Bolsonaro desceu do
Planalto para habitar a planície e, lá embaixo ninguém o socorrerá. Rei morto,
rei posto.
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