ODE

sábado, 1 de julho de 2023

Bolsonaro: de Capitão para Cabo

Sem unha, o peba não cava e, sem dente, o cachorro não morde. Isso retrata a situação em que se encontra agora o ex-presidente Jair Bolsonaro. Tornado inelegível pelo TSE, por 5 x 2 na tarde de ontem (30), aquele que já foi o Manda-Chuva do conservadorismo e da extrema direita no Brasil, se encontra agora num mato sem cachorro. Para quem reunia multidões com grande facilidade soa estranho que ontem, por ocasião da sessão do TSE que lhe impediu de participar das urnas por 8 anos, não tivesse ninguém do seu cordão para assistir ao seu sepultamento político, tampouco manifestantes na frente do prédio protestando pela terrível “injustiça”. É a gangorra do poder. É a regra do jogo político: quem não tem mais o que dar é dado como morto.

Já sem o poder que lhe foi tirado pelo povo, na eleição do ano passado, está agora, Bolsonaro, sem perspectiva de poder, o que, na política, é algo fatal. Principalmente, quando se sabe que os seus principais apoiadores são os próceres do chamado “centrão” e, estes, têm o costume de largar o barco antes de ele afundar, até porque, sabem nadar. Nesse caso, quem, a partir de agora, em sã consciência, vai obedecer às ordens de Bolsonaro? O mesmo que eles [os do centrão], nas coxias, chamavam de “doido”? Com certeza, não tolerarão passivamente suas maluquices. Afinal, sem caneta, Bolsonaro desceu do Planalto para habitar a planície e, lá embaixo ninguém o socorrerá. Rei morto, rei posto.



 

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