Contava Manito – advogado e neto do líder político de
Princesa, Nominando Muniz Diniz, mais conhecido por “seu” Mano - que logo após
a realização das eleições de 1976, em que foram eleitos Batinho prefeito e Gominho
vice-prefeito, firmou-se um acordo entre os dois com o intuito de promover a
divisão do mandato. Esse compromisso foi assumido por Batinho com o intuito de
obter o apoio de Gominho quando do processo de escolha dos candidatos.
Naquela época (1976), o mandato de prefeito tinha a duração
de seis anos e, segundo o neto de “seu” Mano, ficou acordado que cada um dos
dois postulantes da chapa majoritária da ARENA, exerceria três anos de efetivo
mandato. Desconfiado, Gominho exigiu que esse acordo fosse posto no papel.
Assim fez Batinho que, auxiliado por Manito - redator do texto -, assinou o
termo de compromisso que ficaria guardado nas mãos do vice-prefeito. Certa
manhã, Manito, na casa de Maria Aurora – a mando de Batinho -, perguntou a
Gominho onde estava o tal papel, ao que o vice-prefeito respondeu de pronto:
- Está aqui comigo, sempre trago ele guardado no meu bolso.
Manito pediu para rever o “documento” e tomando café à mesa
da “Casa Grande” que era comandada por Maria Aurora, “desastradamente” entornou
uma xícara contida de café com leite sobre o papel que, já amarrotado pelo
tempo e desgastado pela manipulação na constante troca de bolsos pelo
vice-prefeito, não resistiu e dissolveu-se completamente. Gominho, desesperado,
disse:
- Veja o que você fez Manito!
Desmanchou o meu mandato!
Manito,
fingindo-se também preocupado devolveu a Gominho:
- Se preocupa não, Mané Gomi, o que
vale é a palavra do homi”.
Batinho tirou o
mandato todinho e Gominho, sem o “papé” (como dizia Manito), ficou a ver
navios.
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